O último final de semana que antecede o segundo turno das eleições presidenciais promete esquentar os ânimos das militâncias políticas em Guarulhos. Enquanto o PT prepara uma grande ofensiva nas ruas, para divulgar o nome da candidata à reeleição Dilma Rousseff, inclusive com maciça participação de servidores municipais comissionados, os tucanos ligados a diferentes lideranças do PSDB local, prometem não deixar barato.
Ampliar a vitória de Aécio
Os tucanos de Guarulhos querem ampliar a votação do candidato Aécio Neves na cidade. No primeiro turno, ele teve 34,1% dos votos válidos de guarulhenses e terminou empatado com Marina Silva (PSB), deixando para trás a presidente Dilma Rousseff, com 24%. A ideia é elevar a votação do peessedebista para algo bem superior aos 50% obtidos pelo governador reeleito Geraldo Alckmin. Eles esperam contar com a adesão já declarada tanto de militantes do PSB local como de integrantes da Rede de Sustentabilidade de Marina Silva.
Diminuir a derrota de Dilma
Já os petistas ainda procuram motivos para justificar o terceiro lugar de Dilma em Guarulhos, uma cidade administrada pelo PT há 14 anos. A derrota da presidente coincide com a considerável queda no número de votos obtidos pelo deputado estadual Alencar Santana, que conseguiu se reeleger, e pela federal Janete Pietá, que ficou apenas na terceira suplência da Câmara Federal. A meta agora é colocar a militância na rua para elevar os votos da presidente para ajudar na reeleição. Até petistas mais eufóricos entendem que vencer Aécio em Guarulhos será quase impossível.
Consequências em 2016
Dependendo de quem vencer as eleições para a Presidência, Aécio ou Dilma, o resultados das urnas em 2014 irão influenciar diretamente nas eleições municipais de 2016 em Guarulhos. Se o tucano desbancar a petista, a administração municipal que gozou das benesses oferecidas pelo governo federal nos últimos 12 anos, dos 14 que o PT está no poder por aqui, trabalhará pela primeira vez na contramão da União. Lógico que os projetos deixados por Dilma devem ser tocados, mas algumas portas podem se fechar em Brasília. Já se Dilma vencer, o PT local ganha fôlego para enfrentar o crescimento da Oposição, mesmo que o número de votos de Aécio seja bem maior por aqui.