O ministro da Economia, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 2, ter perguntado pessoalmente ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre dificuldades para aprovação final do arcabouço fiscal. Segundo o ministro, Lira descartou segurar a votação e desvinculou isso à reforma ministerial. "Disse que não tem nada a ver entre as duas coisas", afirmou.
O encontro entre eles ocorreu durante a entrega simbólica do projeto de acordo com Estados sobre ICMS de combustíveis ao Congresso no período da manhã. Lira teria reafirmado reconhecer a importância do projeto.
"Provavelmente ele deve chamar uma reunião com os líderes para discutir os projetos aprovados na Câmara e no Senado", afirmou Haddad ao manter perspectiva de aprovação na próxima semana.
O ministro ponderou, contudo, que o presidente da Câmara não se comprometeu com prazos: "Tem que chamar a reunião com os líderes."
"Mas não tem constrangimento com relação ao governo para votar. Ele deixou isso claro. Até porque sabe da importância. Sem o projeto, não tem orçamento para o ano que vem", disse Haddad.
O projeto do arcabouço fiscal já passou pela Câmara uma primeira vez, mas precisou retornar à Casa depois da votação feita pelo Senado, que fez alterações na matéria. O texto aprovado no Senado chegou à Câmara antes do recesso parlamentar e aguarda votação desde então.