O atacante Arjen Robben anunciou nesta quinta-feira a sua aposentadoria do futebol. Sem clube desde o fim da temporada 2018/2019 da Europa, em função do encerramento do seu contrato com o Bayern de Munique, o jogador holandês confirmou nesta quinta-feira a sua decisão de deixar os gramados aos 35 anos.
Ao anunciar a sua decisão, Robben declarou que coração e mente se chocaram. “Pensei muito durante as últimas semanas. Como todos sabem, levei um tempo para tomar uma decisão bem pensada sobre meu futuro depois da minha última partida pelo Bayern de Munique. Decidi por fim a minha carreira como jogador profissional”, afirmou.
Agora fora dos gramados, Robben espera aproveitar mais o tempo com a sua família. “É hora de passar ao seguinte capítulo e espero passar mais tempo com minha mulher e meus filhos, aproveitar a vida que ainda temos pela frente”, acrescentou o ex-jogador.
Robben iniciou a sua carreira no Groningen, time pelo qual fez a sua estreia profissional em 2000, e depois passou pelo PSV Eindhoven, deixando o futebol holandês para defender o Chelsea e o Real Madrid, antes de se transferir ao Bayern de Munique, onde atuou por dez temporadas, até o encerramento do seu último contrato, vencendo a Liga dos Campeões em 2013. Além disso, disputou 96 partidas pela seleção holandesa, pela qual não atuava desde outubro de 2017.
Na sua carreira, Robben conquistou 12 títulos de ligas nacionais, sendo oito alemães pelo Bayern, dois ingleses pelo Chelsea, um holandês pelo PSV e um espanhol pelo Real Madrid. Em 2010, foi um dos destaques da seleção holandesa que perdeu a final da Copa do Mundo para a Espanha, mas desperdiçou uma chance clara na prorrogação – também participou do torneio em 2006 e 2014.
“É talvez um clichê, mas não há nada melhor do que jogar pelo seu país. Eu finalmente disse adeus depois de 96 partidas. Pude participar de seis grandes torneios e no meu último torneio, sendo o capitão da equipe. Momentos inesquecíveis que eu sempre irei valorizar”, disse.
Nos últimos anos, Robben vinha sendo atrapalhado por várias lesões, algo que ele deixou claro ter pesado na decisão de deixar os gramados. “Meu amor pelo jogo e a convicção de que ainda posso conquistar o mundo estava contra a realidade de que as coisas não funcionam mais do jeito que eu esperava e que eu não sou mais um jovem de 16 anos que não tem ideia do que se machucar significa”, afirmou.