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Honda Civic EX entrega quase tudo que se espera de um sedã deste porte

Ernesto Zanon – Do Carro Express / Imagens e Edição: Danilo Sanches

O Honda Civic é um dos veículos com mais longa história na indústria nacional. Lançado por aqui ainda na década de 90, resiste ao tempo a partir de renovações, que o tornaram cada vez mais atraente, mantendo a velha mística de ser um automóvel de bom padrão, extremamente confiável e ótimo valor de revenda. Prestes a mudar de novo e sem perspectivas de continuar a ser produzido no Brasil, a versão 2021 é ainda uma das mais belas e arrojadas já apresentadas pelo fabricante japonês. O design, por muitos, apesar de ser vanguardista demais, jogou contra, já que afastou um público bastante cativo, que tem característica mais conservadora.

Desta vez, o Carro Express /GuarulhosWeb avaliou durante uma semana a versão EX, uma abaixo da top de linha oferecida com motorização 2.0 i-VTEC FlexOne, ainda da geração antiga e câmbio CVT. Tem o Touring com motor 1.5 turbo, que entra em outro patamar. Trata-se de um sedã médio, com porte de grande, que é executivo e despojado. O visual, vale repetir, se coloca à frente do nosso tempo. Por isso, faz com que muita gente torça o nariz.

A versão EX, um pouco abaixo da EXL, sai por R$ 130 mil. É um carro recheado de equipamentos, muito bem acabado, com ótimo nível de conforto e segurança. Mantém um quadro de instrumentos convencional, mas com display TFT e instrumentação análogo-digital. O volante tem um aspecto esportivo e botões sensíveis ao movimento dos dedos. O display central multimídia tem tela de 8 polegadas, com Android Auto e Car Play, além de navegador GPS e câmera de ré. O ar condicional é digital. Nesta versão não é dual zone, disponível apenas na top EXL, que custa cerca de R$ 7 mil a mais

Entre os bancos, o console elevado com elemento vazado apresenta a mesma solução de outros carros da marca, como o SUV HR-V. Tem freio de estacionamento eletrônico, Auto Hold (que mantém os freios acionados com o carro parado e engatado) e o modo Econ, que reduz os dispositivos em uso para economizar combustível.

O espaço para motorista e mais quatro ocupantes é dos melhores. Quem vai no banco de trás, tem bastante conforto, inclusive pelas saídas traseiras de ar condicionado disponíveis. Para completar e facilitar a vida de todos, o Civic EX tem sensor de estacionamento traseiro, áudio com oito alto-falantes, retrovisor interno fotocrômico, revestimento dos bancos em couro, controle de volume do sistema do som pela velocidade, espelho nos para-sois com iluminação, faróis com acendimento automático e porta-luvas com iluminação.

No desempenho, o Civic EX agrada nos mais diferentes sentidos. O motor 2.0 vai muito bem nas mais diferentes condições. Oferece 150 cavalos de potência quando abastecido com gasolina e 155 cv com etanol. Durante a avaliação, com gasolina no tanque, ótimas impressões, principalmente pela velha tabelinha entre o motor Honda e o sempre eficiente câmbio CVT. Suavidade quando necessário e reações rápidas, no pé, na hora que precisa avançar de forma mais rápida.

Boas notícias também no consumo de combustível. O computador de bordo acusou média próxima aos 10 km/l de gasolina no trânsito urbano e acima dos 12 km/ na estrada. Nada mal para um carro de bom porte e desempenho que não deixa a desejar.

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