Educação & Inovação

Hora do corte. E agora?

Em meio à crise,  por mais que as empresas se esforcem e tomem medidas criativas para não deixar a realidade difícil do mercado se refletir dentro de seus negócios, quase sempre chega o temido momento que os cortes são a única solução de sobrevivência das organizações nestes períodos de instabilidade.
 
Quando se fala de plano emergencial existe uma questão que em minha opinião é sempre pouco discutida.
 
“Existe uma forma mais inteligente e eficaz de se lidar com cortes?”
 
Em busca de respostas para essa dúvida, no início desse ano, me vi conversando com alguns especialistas no assunto e a partir dessas conversas vou transcrever aqui os “mandamentos de um corte inteligente”, como um deles chamou. 
 
Para saber quais são essas dicas acesse o www.guarulhosweb.com.br
:
1.       Comece blindando a sua fonte de renda segura.
A maioria das empresas erra e erra feio ao colocar na lista de cortes estruturas e pessoas que possam afetar as principais e mais seguras fontes de receita da empresa, isto é, produtos e negócios que são a “vaca leiteira” da organização. O maior perigo desses cortes é que eles geram uma reação em cadeia negativa em que os próprios cortes geram uma queda na receita, o que gera mais cortes e assim em diante colocando a empresa em cheque. Um exemplo disso são os cortes relacionados às áreas de relacionamento com clientes, se começar a perder clientes por problemas de atendimento, você está em apuros.
 
2.       Proteja a sua equipe de vendas
Qual é a única forma de sair de uma crise? Simples, vender mais e gastar menos, os cortes tem o objetivo de garantir a contenção de custos e despesas, mas se com isso você limita sua capacidade de venda ou até pior, torna ela mais fraca, você entra em um circulo vicioso aonde a sua competitividade vai para o ralo. Quando se trata de marketing o corte deve preferencialmente focar ações que trabalham somente a imagem da marca, mas que não influenciem diretamente a força de venda. Ações publicitárias devem focar resultados a curto e médio prazo, deixando ações de branding para um momento futuro mais estável. O foco agora é sair da crise.
 
3.       Pause projetos embrionários
Fazendo uma analogia, lançar novos produtos e projetos num período de crise, é como dar à luz num campo de batalha, pode ser que tudo dê certo, mas com certeza não é o melhor lugar para se trazer uma nova vida ao mundo. Durante um período de crise é aconselhável pausar os investimentos a projetos novos ou em desenvolvimento, mas principal dica é de não começar novos projetos que irão demandar investimento, equipe, mas principalmente tempo. Essa regra possui somente uma exceção, se o novo projeto ou produto torna a empresa mais competitiva ao atender a uma oportunidade que foi gerada pelo período de crise e puder ser entregue em curto período de tempo.
4.       Fique de olho em negócios deficitários
 
Muitas empresas possuem negócios ou produtos cuja margem de contribuição é negativa ou muito baixa e mesmo assim o mantem em funcionamento por diversos motivos: é como aquele prato em um restaurante que sai muito pouco e ainda custa carro, mas que o Chef mantem no cardápio, pois é o prato que dá nome ao restaurante. Parece brincadeira, mas é mais comum do que você imagina, nem empresas como a Google escapam dessa realidade, o YouTube, por exemplo, até hoje não possui uma margem de contribuição considerada rum para o mercado de internet. Não estou falando para matar esses negócios, mas que em um momento de crise devemos rever a forma como esses negócios funcionam para que eles não só sejam autossuficientes, mas que possam contribuir para à saída da empresa da situação de crise.
 
A dica final é a mais obvia. 
5.       Corte o supérfluo 
Mas comece entendendo o que transcende o necessário, exemplos criativos e inovadores disso são:
•         As companhias aéreas que reduziram ou eliminaram os serviços de bordo.
•         As varejistas de móveis que apostaram em móveis que podem ser montados pelos próprios clientes.
•         As empresas de setor de alimentos que investiram em embalagens mais simples e econômicas.
 

Posso ajudar?