Saúde

Hospitais de SP restringem atendimento por falta de médicos e profissionais

O aumento de casos de síndromes gripais e de Covid-19, principalmente devido à proliferação da variante ômicron, está causando o afastamento de profissionais da saúde. Em todo o Estado de São Paulo, entre os 172 mil trabalhadores da área médica, 1.754 estão afastados do atendimento nesta terça-feira, dia 11, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. Em Guarulhos, a Prefeitura detectou que há pelo menos 44 servidores da Secretaria de Saúde afastados por diagnóstico de Covid-19 e outros 20 por suspeita.

Em São Paulo, o pronto-socorro do Complexo Hospitalar de Heliópolis, na Zona Sul, fechou a triagem para os pacientes e só atendimentos de urgência como fraturas expostas, pessoas baleadas, facadas, entre outros, estão sendo feitos. Muitos médicos foram afastados por casos de Covid. Pacientes que procuram o local, estão sendo orientados a buscar outras unidades de saúde na região, como o AMA Sacomã, onde o tempo de espera para um atendimento no pronto-socorro é de 4 a 5 horas.

A Secretaria Estadual da Saúde informou que “o Hospital Heliópolis está prestando assistência à população, permanece realizando a triagem dos casos, assim como os demais atendimentos. No domingo (9), devido à alta demanda, atendeu prioritariamente casos encaminhados por Samu, Resgate ou outros serviços. Os demais atendimentos foram restabelecidos nesta segunda (10)”.

Disse ainda que “o hospital é uma unidade de média e alta complexidade e, assim como preconiza o SUS, prioriza os casos graves e gravíssimos. Os pacientes com casos ‘leves’ são indicados a procurar as unidades básicas de saúde, ‘porta de entrada’ do SUS”.

Uma estimativa da Prefeitura de São Paulo divulgada na quinta-feira (6) aponta que o número de casos de síndrome gripal com confirmação laboratorial para Covid-19, ou seja, de pacientes com sintomas leves de coronavírus na cidade, pode ser o dobro do registrado no pico da pandemia do coronavirus em abril de 2021.  O levantamento faz parte do estudo que baseou a decisão da gestão municipal de cancelar o carnaval de rua na cidade neste ano.

Os dados, no entanto, não correspondem a todos casos confirmados de Covid-19 porque levam em consideração apenas os pacientes com sintomas gripais leves, e excluem os internados. Atualmente, as informações sobre o conjunto de casos confirmados de Covid-19, leves ou graves, estão prejudicadas pelo apagão de dados nos sistemas do Ministério da Saúde.

Apesar disso, o coordenador da Coordenaria de Vigilância em Saúde (Covisa) da capital, Luiz Arthur Vieira Caldeira, disse que a prefeitura faz uma estimativa sobre o atraso dos registros das últimas quatro semanas para calcular quantos casos leves de síndrome gripal a cidade tem atualmente.

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