O atacante Hulk não entrou na onda do técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, que jogou o favoritismo da semifinal da Copa Libertadores ao Atlético-MG, e vê as equipes rigorosamente iguais para os duelos das próximas duas terças-feiras. Nem mesmo o fato de o segundo jogo ser no Mineirão, e com torcida, faz o astro do clube mineiro mudar de opinião.
"Primeiro é não pegar essa responsabilidade para gente", disse Hulk. "O Abel joga isso para a gente, mas podemos jogar de volta também, porque o Palmeiras é o atual campeão da Libertadores e está defendendo o título", seguiu. "Hoje é um jogo 50 a 50. Como eu sempre falo, as duas equipes mereceram chegar onde chegaram, estar numa semifinal da Libertadores não é por acaso. Você pode não jogar tão bem e chegar, mas as duas equipes jogaram bem e fizeram muito bem seu papel para chegarem nessa semifinal."
Hulk é esperança por um resultado positivo do Atlético-MG no Allianz Parque. Mas, ao mesmo tempo em que chega motivado, ele não esconde o medo de levar um cartão amarelo, pois está pendurado e nem pensa em ficar fora da volta ou de uma possível decisão. Desta maneira, revela se "defender" contra possíveis punições.
"Estamos pendurados, acho que eu e Nathan. É arriscado você jogar dois jogos de semifinal assim, sonhando em chegar e disputar uma final. Ninguém quer ficar de fora de nenhum jogo, principalmente esses assim que são especiais. Eu vou procurar ter meu foco total, 100% para que não faça nenhuma falta besta que possa tomar um cartão ou muito menos por reclamação", enfatizou. "Eu não posso tomar cartão, tenho de estar focado, porque eu não quero desfalcar meus companheiros, meu time. Ninguém quer ficar de fora de um jogo desse. Então, vou procurar concentrar bastante para que tenha zero chance de ficar fora de qualquer duelo importante", afirmou o atacante.
Palmeirense na infância, Hulk não escondeu o passado torcedor, mas agora garante que é totalmente atleticano. "Sempre falava, nas minhas entrevistas, que tinha um carinho especial pelo Palmeiras desde criança. Na minha casa todos sempre foram corintianos e hoje todo mundo é atleticano. Minhas irmãs e meus pais (torcem para o Corinthians) e eu era o único palmeirense em casa. Mas depois que você se torna profissional, acaba torcendo para o time que você trabalha. Então comigo é assim", garantiu.
E rasgou elogios ao tratamento recebido em Belo Horizonte para garantir que o coração até é alvinegro. "Desde que cheguei aqui fui muito bem recebido e sou muito grato a quem me estende as mãos. O Atlético não só me deu as mãos, como me deu morada, me deu tudo, então eu sou atleticano doente hoje, dou a vida pelo Atlético, entro em campo para dar o meu melhor."