Após a forte retração nos meses de março e abril de 2020, em meio à pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica brasileira apresentou o nono mês consecutivo de alta. O Banco Central informou nesta segunda-feira, 15, que seu Índice de Atividade (IBC-Br) subiu 1,04% em janeiro ante dezembro, na série já livre de influências sazonais. Em dezembro, o avanço havia sido de 0,71% (dado revisado).
A variação do índice em janeiro é a maior desde setembro de 2020, quando havia subido 1,83%.
Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, apesar de percebidos em fevereiro de 2020, se intensificaram em todo o mundo a partir de março do ano passado. Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que impactou a atividade econômica. Os efeitos negativos foram percebidos principalmente em março e abril. Nos últimos meses, porém, o IBC-Br demonstrou reação.
De dezembro para janeiro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 138,86 pontos para 140,30 pontos na série dessazonalizada. Este é o maior patamar desde maio de 2015 (141,05 pontos).
Na comparação entre os meses de janeiro de 2021 e janeiro de 2020, houve baixa de 0,46% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 132,99 pontos em janeiro.
O IBC-Br acumulou baixa de 4,04% em 12 meses até janeiro, informou o Banco Central. O porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais.
O índice registrou alta de 2,77% no acumulado do trimestre encerrado em janeiro de 2021, na comparação com os três meses anteriores (agosto a outubro), pela série ajustada sazonalmente. O IBC-Br acumulou alta de 0,19% no trimestre até janeiro de 2021 ante o mesmo período entre novembro de 2019 e janeiro de 2020, pela série sem ajustes sazonais.
Conhecido como uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.