Economia

IBGE: receita de serviços no Estado de SP sobe 8,9% em março

A receita nominal do setor de serviços subiu 8,9% no Estado de São Paulo em março ante março do ano passado, informou nesta quarta-feira, 20, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado colocou os paulistas na liderança em termos de crescimento no período entre todas as 27 unidades da federação. Na média, o avanço dos serviços no Brasil foi de 6,1% na mesma base de comparação.

“Não foi um setor só que puxou. O crescimento em São Paulo ocorreu em todos os segmentos”, explicou Roberto Saldanha, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

Apesar do perfil disseminado de alta, alguns setores se destacaram, como o de serviços profissionais, administrativos e complementares, com avanço de 15,5% na receita nominal em março ante março do ano passado, e serviços de transportes, com alta de 11,5% na mesma base de comparação.

Por outro lado, seis UFs registraram queda nominal na receita de serviços: Maranhão (-9,5%), Mato Grosso (-6,3%), Acre (-5,9%), Roraima (-5,5%), Amapá (-4,6%) e Piauí (-0,8%). Outras 15 regiões cresceram abaixo da média nacional, entre elas o Rio de Janeiro (4,8%).

Receita nominal no 1º trimestre

De acordo com Saldanha, a alta de 2,9% na receita nominal de serviços no primeiro trimestre de 2015 em relação a igual período de 2014 foi a menor já verificada na série, iniciada em 2012. “Isso ocorreu em função dos dois primeiros meses do ano, que foram meses muito fracos”, explicou ele.

Entre janeiro e fevereiro, o segmento de transportes foi o que mais deprimiu a atividade de serviços, em função do excesso da oferta de fretes e da baixa demanda. Além disso, o ajuste fiscal tem provocado uma restrição de despesas no setor público. “Nós temos hoje um quadro de desaquecimento na indústria e no comércio. No geral, os governos estão num processo de contenção orçamentária e, com isso, cortando seus gastos”, detalhou Saldanha.

Em março, o aquecimento da demanda do segmento agrobusiness sustentou uma ligeira recuperação na receita de serviços, que cresceu 6,1% em termos nominais, segundo o IBGE. O resultado sucede as altas de 1,8% em janeiro e 0,9% em fevereiro, sempre na comparação com igual mês do ano anterior. Essas foram as menores taxas de crescimento da série.

No acumulado do primeiro trimestre, os serviços prestados às famílias tiveram avanço de 6,1%, seguidos por serviços profissionais, administrativos e complementares (6,0%), transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (3,1%), outros serviços (1,6%) e serviços de informação e comunicação (0,6%), sempre na comparação com igual período do ano passado.

Posso ajudar?