O Ibovespa terminou em queda sua primeira sessão após ter conhecido o resultado das eleições presidenciais. A baixa nesta segunda-feira, 27, foi mais comedida do que previam os especialistas na última semana, mas as estatais não escaparam de um tombo. Os papéis das empresas ligadas ao governo lideraram as perdas do Ibovespa hoje, enquanto as exportadoras e o setor de educação chamaram compras.
O Ibovespa terminou o dia em baixa de 2,77%, aos 50.503,66 pontos. Este é o menor patamar de fechamento desde 15 de abril deste ano. Na mínima, registrou 48.722 pontos (-6,20%) e, na máxima, 51.937 pontos (-0,01%). No mês, acumula perda de 6,67% e, no ano, de 1,95%. O giro financeiro foi o maior do ano numa sessão regular – sem vencimentos – e totalizou R$ 17,807 bilhões. Os dados são preliminares.
Petrobras PN liderou as baixas do índice, com -12,33%, seguida por Eletrobras ON (-11,68%), Petrobras ON (-11,34%) e Eletrobras PNB (-9,63%), enquanto BB ON recuou 5,24%.
Do outro lado, Estácio ON subiu 9,24% e puxou as altas do índice, seguida por Kroton ON (-7,89%) e Fibria ON (+5,97%).
Vale ON recuou 4,01% e Vale PNA, 4,39%.
Os profissionais avaliaram que o forte recuo do Ibovespa no começo da sessão acabou abrindo oportunidades de compra e a opção foi fazer uma alteração nas carteiras, optando por setores defensivos. Além disso, boa parte do ajuste de baixa – prevendo uma vitória de Dilma Rousseff – já havia sido feita na última semana, quando o índice acumulou perda de 6,79%.
Diante do desafio do novo governo, as exportadoras – em razão da previsão de alta do dólar – e o setor de educação foram algumas das opções dos investidores para compra nesta sessão.
No exterior, as bolsas europeias terminaram em baixa e as norte-americanas operavam ao redor da estabilidade, sem uniformidade. Às 17h26, o Dow Jones tinha ligeira alta de 0,01%, o S&P caía 0,23% e o Nasdaq recuava 0,04%.