Estadão

Ibovespa se mantém perto dos 110 mil pontos; setor imobiliário é destaque

Em alta pelo sétimo pregão consecutivo, o Índice Bovespa tem se sustentado próximo do patamar acima dos 100 mil pontos na manhã desta quarta-feira, 10, apesar do desempenho negativo das ações da Petrobras e da Vale. A principal referência do dia é o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos em julho, com dados mais baixos que as expectativas. Com isso, o mercado internacional reduziu as apostas em um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mais agressivo na condução dos juros, o que favoreceu ativos de risco pelo mundo.

Os analisas esperavam que o CPI tivesse alta de 0,2% no mês passado, na comparação com junho, mas o índice ficou estável. Na comparação com julho do ano passado, a inflação ao consumidor registrou alta de 8,5%, contra estimativas de 8,7%.

O dado norte-americano enfraqueceu as apostas de que o Federal Reserve promoveria uma elevação de 0,75 ponto-base nos juros básicos. A consultoria Capital Economics afirmou que o Fed deve optar por um aumento de 0,50 ponto, após a desaceleração do CPI e diante da "boa chance" de que o indicador perca mais força em agosto.

Por aqui, os ganhos são puxados principalmente pelas ações do setor financeiro, pelo peso na composição do índice.

As altas mais expressivas, no entanto, estão nas ações de empresas do setor imobiliário e de consumo, mais sensíveis aos movimentos da política monetária.

Com os dados americanos, ficou em segundo plano a queda de 1,4% das vendas no varejo em junho, ante estimativas de queda menor, de 1,0%, de acordo com a pesquisa do Projeções Broadcast.

Às 11h26, o Ibovespa subia 0,96% 109.707,04 pontos. Na máxima do dia, chegou aos 110.235,88 pontos (+1,46%). O IMOB, índice que reúne ações do setor imobiliário, disparava 3,37%.

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