A Bovespa inaugurou a semana em baixa, pela terceira sessão consecutiva, de olho no comportamento das ações no exterior. Apesar de os dados mais fracos divulgados sobre a economia dos EUA sinalizarem um eventual adiamento do início do aperto monetário, a situação delicada na Grécia inspirou cautela nos agentes e o resultado foi venda de ações.
O Ibovespa terminou esta segunda-feira, 15, em baixa de 0,39%, aos 53.137,53 pontos. Na mínima, registrou 52.548 pontos (-1,50%) e, na máxima, marcou 53.338 pontos (-0,02%). Em três sessões, o índice acumulou -1,37%. No mês, acumula ganho de 0,72% e, no ano, de 6,26%. O volume financeiro totalizou R$ 7,982 bilhões, sendo R$ 2,53 bilhões do exercício de opções sobre ações.
“A Grécia foi a principal justificativa para o recuo do mercado acionário mundial hoje”, resumiu um profissional da mesa de renda variável. Segundo ele, o exercício de opções sobre ações também não entusiasmou.
Depois do exercício, alguns papéis aprofundaram a queda, como Vale, que ainda reagiu ao recuo do preço do minério de ferro no exterior. Vale ON fechou em baixa de 3,88%, na vice-liderança entre as maiores quedas, seguida por EcoRodovias ON (-2,95%), Bradespar PN (-2,61%) e Vale PNA (-2,40%). Na liderança, Sabesp ON perdeu 4,82%.
Petrobras, por outro lado, virou para cima novamente na última hora do pregão e aliviou o recuo do índice. Uma das explicações, comentou um operador, é a elevação da recomendação dos papéis da empresa pelo JPMorgan, de neutro para overweight. No final, a ON avançou 0,14% e a PN perdeu 0,23%.
Nos EUA, as bolsas terminaram em queda, influenciadas pelo impasse na Grécia, e os dados divulgados hoje ficaram em segundo plano. O Dow Jones terminou o dia em baixa de 0,60%, aos 17.791,17 pontos, o S&P recuou 0,46%, aos 2.084,43 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,42%, aos 5.029,97 pontos.