O Índice Bovespa iniciou o dia em alta nesta terça-feira pós feriado, mas mostra pouco fôlego para sustentar o avanço mais consistente, diante da escalada do dólar, que reflete a cautela do investidor com questões nacionais e internacionais. Em princípio, a expectativa é que o Ibovespa busque se ajustar aos ganhos registrados na segunda-feira (12) pelas bolsas na Europa e Estados Unidos, mas nesses mercados o sinal predominante hoje já é de baixa.
Em Nova York, as bolsas abriram sem direção única, repercutindo balanços corporativos positivos, por um lado, e cautela com questões relacionadas ao novo coronavírus, na outra frente. Dando início à temporada americana de resultados financeiros do terceiro trimestre, JPMorgan e Citigroup, dois dos maiores bancos dos EUA, apresentaram números melhores do que o esperado. A Johnson & Johnson também apresentou resultados positivos, mas a notícia que teve de paralisar os testes clínicos da vacina contra a covid-19 derruba as ações da companhia.
Às 10h41, o índice Dow Jones tinha baixa de 0,19% e o S&P500 recuava 0,22%. Já o Nasdaq, que abriu em alta, operava em baixa de 0,14%. Por aqui, o Ibovespa subia 0,06%, aos 97.543,40 pontos. O dólar à vista era cotado a R$ 5,5882, em alta de 1,12%, pouco depois de ter atingido máxima em R$ 5,5912. A pressão sobre o dólar é atribuída à tendência de apreciação da moeda ante divisas de países emergentes e exportadores de commodities, mas também leva em conta a indefinição na questão fiscal doméstica, que segue firme no radar do investidor.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou hoje a projeção do PIB do Brasil para 2020, prevendo uma queda de 5,8%, ante -9,1% da estimativa feita em junho, motivada pelos impactos muito recessivos da pandemia do covid-19. Para 2021, o FMI reduziu a previsão de crescimento do País de 3,6% para 2,8%. No longo prazo, o FMI destaca que o produto interno bruto avançará 2,2% em 2025.