A idosa Amélia Pinto Rodrigues, de 79 anos, morreu após ser atacada por um enxame de abelhas africanizadas, no fim da tarde de sábado, 6, em Angatuba, no interior de São Paulo. Ela cuidava de animais no pasto de sua chácara, na área urbana, quando foi envolvida pelo enxame.
A quantidade de abelhas dificultou o resgate. A mulher caiu e ficou coberta pelos insetos, que deixaram ferrões principalmente no rosto, pescoço e braços. A vítima foi levada à Santa Casa da cidade, mas já estava sem vida quando foi atendida. Ela sofreu parada cardiorrespiratória.
Os médicos calculam que a idosa pode ter levado mais de 200 ferroadas. A equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) que foi chamada ao local do ataque, teve dificuldade para o socorro por causa do grande número de abelhas.
Durante o resgate, um enfermeiro também foi picado e, como é alérgico ao veneno, passou mal e recebeu atendimento médico. A equipe pediu ajuda a um casal de apicultores para controlar os insetos. Uma rua próxima da chácara precisou ser interditada pela Guarda Civil Municipal.
Soro
Um soro antiapílico (contra veneno de abelhas) inédito no mundo entrou em fase final de testes no hospital da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, também no interior de São Paulo.
O produto, desenvolvido por pesquisadores da Unesp em parceria com o Instituto Vital Brazil, de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, aumenta as chances de sobrevivência a um ataque de abelhas. O mesmo soro foi enviado para testes também em hospitais de Tubarão, em Santa Catarina, e Uberaba, no Triângulo Mineiro.
No Brasil, há cerca de 11 mil acidentes com abelhas por ano, dos quais em média 140 resultam em mortes.