Cidades

Ignorando moradores do Cecap, Sindicato faz manifestação na ABB-Guarulhos

Ignorando os moradores que vivem nos condomínios do Cecap, o Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos promoveu muito barulho desde as primeiras horas desta manhã em frente a ABB

Sob a alegação de que a multinacional ABB não abriu negociação com o Sindicato, os líderes do movimento se utilizaram de carros de som desde às 6h, quando muita gente ainda dormia ou se preparava para ir ao trabalho na manhã desta segunda-feira nos condomínios que ficam muito próximos da empresa.

Diversos moradores se manifestaram nas redes sociais reclamando do excesso de barulho e falta de respeito com a grande população que vive na região. "Que raios o morador do Cecap, idosos, bebês e crianças, tem a ver com os problemas da fábrica??? Um louco, anormal, berrando feito um alucinado com um microfone na mão? Pior é que essa droga tem acontecido direto só que, hoje, começou às 6h!!!! O respeito ao próximo, o direito ao descanso, ao silêncio, à tranquilidade, nos dias de hoje, não passa de utopia. O povo que se lasque! E viva o Brasil!!!!", postou a moradora Audrey Pacaterra, moradora do Cecap. 

Os trabalhadores decidiram cruzar os braços às 7h30 desta segunda. O Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região comanda a paralisação. “A adesão é maciça e pacifica”, afirma José Pereira dos Santos, presidente do Sindicato.

A principal reivindicação é aumento no valor da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR). “A ABB é multinacional, mas paga PLR de empresa pequena”, afirma Pereira. Outra distorção: os trabalhadores de salário mais alto recebem PLR maior. “Queremos igual para todos, pois todo mundo ajuda a fábrica a produzir e a lucrar”, diz o sindicalista.

Também mobiliza os trabalhadores a busca de jornada de 40 horas. A fábrica tem jornada de 42 horas. Na matriz, na Suécia, trabalham-se 36,7 horas. Os metalúrgicos querem eleger delegado sindical.

Empresa de grande porte, com cerca de 1.400 trabalhadores, a ABB não fornece café da manhã. O vice-presidente Josinaldo José de Barros (Cabeça) critica: “Funcionário que quiser café tem de acionar uma máquina e pagar”. 

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