IGP-M na 2ª prévia de março sobe 0,99% ante 0,00% na 2ª prévia de fevereiro

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,99% na segunda prévia de março, após ter ficado estável (0,00%) na segunda prévia de fevereiro. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 18, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com o resultado, o índice acumulou elevação de 1,43% no ano de 2020 e alta de 6,54% em 12 meses.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M de março. O IPA-M, que representa os preços no atacado, subiu 1,41% em março, ante um recuo de 0,15% na segunda prévia de fevereiro. O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou alta de 0,04% na medição deste mês, depois de uma elevação de 0,25% em igual leitura de fevereiro. Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve avanço de 0,37% na segunda prévia de março, depois da alta de 0,44% em igual período do mês anterior.

O IGP-M é usado para reajuste de contratos de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 21 fevereiro a 10 de março.

No dado fechado do mês de fevereiro, o IGP-M teve redução de 0,04%.

<b>IPA</b>

Dentro do IPA-M, os preços dos produtos agropecuários subiram 3,32% no atacado na segunda prévia do IGP-M de março. Na mesma prévia de fevereiro, houve um recuo de 0,01%, informou a FGV.

Os produtos industriais no atacado subiram 0,73% na segunda prévia de março, ante redução de 0,21% na mesma prévia do mês anterior.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os bens finais aumentaram 0,97% na segunda prévia de março, depois da queda de 1,18% na mesma leitura do mês passado.

Os preços dos bens intermediários tiveram redução de 0,03% na prévia de março, ante uma queda de 0,12% na anterior. Os preços das matérias-primas brutas avançaram 3,45% na segunda leitura de março, após uma alta de 0,92% na mesma medição de fevereiro.

<b>IPC-M</b>

A redução nas tarifas aéreas, na gasolina e na conta de luz ajudou a desacelerar a inflação ao consumidor na segunda prévia de março do IGP-M. O IPC-M passou de uma elevação de 0,25% na segunda prévia de fevereiro para uma alta de 0,04% na segunda leitura de março.

Cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Educação, Leitura e Recreação (de 1,44% para -1,04%), Transportes (de 0,15% para -0,01%), Despesas Diversas (de 0,16% para -0,04%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,41% para 0,33%) e Habitação (de -0,08% para -0,13%).

Houve influência dos itens passagem aérea (de 4,95% para -11,24%), gasolina (de -0,42% para -0,95%), tarifa postal (de 6,80% para 3,57%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,69% para 0,32%) e eletrodomésticos e equipamentos (de -0,15% para -0,38%). A tarifa de eletricidade residencial passou de queda de 0,83% na segunda prévia de fevereiro para recuo de 0,97% na segunda prévia de março.

Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Alimentação (de 0,25% para 0,63%), Vestuário (de -0,31% para -0,11%) e Comunicação (de 0,04% para 0,08%), sob impacto dos itens carnes bovinas (de -4,38% para -0,33%), roupas (de -0,35% para -0,12%) e tarifa de telefone residencial (de 0,28% para 0,77%).

<b>INCC-M</b>

A alta mais branda no custo do material de construção desacelerou a inflação do setor dentro da segunda prévia de março do IGP-M, informou a FGV. A taxa só não foi mais baixa porque o custo da mão de obra pressionou o índice de preços. O INCC-M passou de um avanço de 0,44% na segunda leitura de fevereiro para uma alta de 0,37% na mesma prévia de março.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de um aumento de 0,89% na segunda prévia de fevereiro para uma elevação de 0,33% na segunda prévia de março. O custo dos Materiais e Equipamentos passou de aumento de 0,86% na prévia de fevereiro para alta de 0,37% na prévia de março, enquanto os Serviços saíram de aumento de 1,02% para elevação de 0,15% no mesmo período.

Já o índice que representa o custo da Mão de Obra saiu de uma alta de 0,06% na segunda prévia de fevereiro para um avanço de 0,40% na segunda prévia de março.

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