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Impostômetro atinge R$ 2 bi em Guarulhos; no Brasil, supera R$ 1,5 tri

Por volta das 10h50 desta sexta-feira, 2 de outubro, o Impostômetro ultrapassou a marca de R$ 1,5 trilhão em tributos pagos pelos brasileiros. Neste ano, o valor foi alcançado 17 dias antes do que em 2014, o que significa que o contribuinte está pagando mais impostos.
 
Em Guarulhos, o painel do Impostômetro mantido pela Associação Comercial e Empresarial está prestes a completar um ano de sua instalação (ocorrida em 9 de outubro de 2014). Antes do aniversário, o painel mostrará a triste marca de R$ 2 bilhões de impostos pagos só pelo contribuinte guarulhense. A virada dos R$ 2 bilhões acontece na madrugada deste sábado, 4/10.
 
Considerando apenas os contribuintes guarulhenses, o valor chegará a R$ 2 bilhões na madrugada deste sábado, 3. A Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos mantém o painel do Impostômetro na fachada de sua sede, no Bom Clima.
 
“Nós não somos contra o pagamento de impostos. Sabemos que é só com esses recursos que o poder público consegue governar e eles são necessários”, observou o presidente da ACE-Guarulhos, Jorge Taiar. “O que queremos alertar é para a carga abusiva de impostos que o brasileiro é obrigado a pagar e, principalmente, a falta do retorno desses tributos na forma de bons serviços públicos. Os governos arrecadam muito e investem pouco desse dinheiro em benefício do contribuinte. É isso que está errado”, completou.
 
Quando o Impostômetro Guarulhos foi inaugurado pela ACE, mostrava a arrecadação de R$ 2,7 bilhões de impostos de guarulhenses. O que pode explicar essa arrecadação menor pelo período de tempo é o desaquecimento da economia e do consumo. Para se ter uma ideia da retração, quando a ACE inaugurou o Impostômetro, Guarulhos arrecadava R$ 114,14 por segundo de tributos. Hoje, a arrecadação é de R$ 80,29 por conta da timidez do consumo.
 
 
Estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) indica que o Brasil fechará o ano de 2015 com arrecadação próxima dos R$ 2,07 trilhões, um crescimento nominal de aproximadamente 5,8% sobre 2014.
 
 
O que dá para fazer
 
De acordo com o IBPT, esse valor é suficiente para construir mais de 45 milhões de casas populares de 40 m², implantar 80 milhões de salas de aula equipadas, asfaltar mais de 900 mil quilômetros de estradas ou garantir o fornecimento de medicamentos à população brasileira por mais de 400 meses.
 
 
Se o valor arrecadado fosse convertido em notas de R$ 1, seria possível empilhá-las na altura de 3.333.333 edifícios com 100 andares cada um; preencher a metragem quadrada de 1.443.000 estádios de futebol equivalentes ao Maracanã ou a metragem quadrada de oito cidades do tamanho de São Paulo.

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