O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) para o Brasil avançou 0,8% em novembro, para 86,9 pontos, após alta de 0,9% em outubro e baixa de 2,2% em setembro, divulgaram nesta terça-feira, 15, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) e o Conference Board. Esta é a segunda alta consecutiva depois de 11 meses de queda.
Dos oito componentes do IACE, que mede as condições econômicas dos próximos meses, seis contribuíram positivamente para o resultado de outubro: expectativas de Serviços, do Consumidor e da Indústria, o Índice de Produção Física de Bens de Consumo Duráveis, o Índice de Quantum de Exportações e o Índice de Termos de Troca.
Já o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), que mede as condições econômicas atuais, avançou 0,1% em novembro, para 100,2 pontos. Em outubro, o indicador caiu 0,6% em outubro e setembro. Segundo a FGV e o Conference Board, três dos seis componentes contribuíram positivamente para o índice no décimo primeiro mês do ano.
Para o economista do Ibre/FGV, Paulo Picchetti, no entanto, não há sinais de que o período recessivo atual chegou ao fim. “Ainda é cedo para afirmar que a tendência de queda dos indicadores antecedentes esteja sendo revertida. Acrescente incerteza política impõe um grande desafio à política econômica, diminuindo a probabilidade de uma recuperação nos próximos meses”, afirma o especialista. Ele destaca também que, apesar das altas mensais do IACE e do ICCE, as taxas semestrais seguem abaixo dos 100 pontos, portanto, em território contracionista.