O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) recuou 9,5 pontos na passagem de abril para maio, para 119,9 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador está 4,8 pontos acima do nível de fevereiro de 2020, antes do agravamento da pandemia de covid-19 no Brasil.
"A continuidade das campanhas de imunização associada à ligeira melhora dos números da pandemia no Brasil em maio e à reabertura gradual de diversas economias mundiais parecem ter contribuído para a segunda queda consecutiva do nível de incerteza. Apesar disso, o indicador permanece acima do nível médio de 115 pontos vigente entre 2015 e 2019 e ainda não recupera as altas observadas em março e abril de 2020. Olhando à frente, a possibilidade de uma terceira onda de Covid-19 no país e a possibilidade de novas medidas de restrição à mobilidade podem ameaçar esta tendência de queda nos próximos meses", avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
O componente de Mídia caiu 8,4 pontos, para 117,0 pontos, contribuindo com -7,3 pontos para o IIE-Br mês. O componente de Expectativas diminuiu 9,8 pontos, para 123,4 pontos, contribuindo com -2,2 pontos para o índice de maio.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.