Economia

Índice de Atividade Econômica do Banco Central sobe 0,23% em junho ante maio

Após cair 0,45% em maio (dado já revisado), a economia brasileira voltou a subir em junho. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) do mês teve alta de 0,23% ante maio, com ajuste sazonal, informou nesta sexta-feira, 12, a autoridade monetária.

O índice de atividade calculado pelo BC passou de 133,73 pontos para 134,04 pontos na série dessazonalizada de maio para junho. A alta do IBC-Br foi superior à mediana positiva de 0,18% obtida com as estimativas de 21 analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, mas dentro do intervalo que ia de queda de 0,60% a alta de 0,45%.

No acumulado deste ano, a retração é de 5,38% pela série sem ajustes sazonais. Também pela série observada, é possível identificar um recuo de 5,60% nos 12 meses encerrados em junho.

Na comparação entre os meses de junho de 2016 e 2015, houve baixa de 3,14% também na série sem ajustes sazonais. A série observada encerrou com o IBC-Br em 134,52 pontos, ante 133,14 de maio. O indicador de junho de 2016 ante o mesmo mês de 2015 mostrou uma retração menor do que a apontada pela mediana negativa de 3,45% das previsões de 18 analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast (-4,1% a -2,8% de intervalo).

Média do trimestre

O IBC-Br registrou baixa de 0,53% no acumulado do segundo trimestre do ano (abril a junho) na comparação com o resultado do primeiro trimestre, pela série ajustada do Banco Central (BC). Já na comparação de abril a junho com idêntico período de 2015, o resultado do índice foi de queda de 4,37% pela série observada.

Como de costume, o Banco Central revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem, na série com ajuste. Em maio, o IBC-Br passou de -0,51% para -0,45%. Em abril, o índice foi alterado de +0,07% para +0,10%. No caso de março, a revisão foi de -0,42% para -0,46%. O dado de fevereiro foi de -0,30% para -0,31% e o de janeiro, de -0,69% para -0,68%. Em relação à dezembro do ano passado, o BC substituiu a taxa de -0,21% pela de -0,23% e a de novembro, de -0,86% pela de -0,81%.

Em janeiro, o Banco Central promoveu uma revisão metodológica na apuração do IBC-Br para incorporar a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional, entre outros indicadores. De acordo com o BC, a nova série incorpora a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional – Referencia 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Destacam-se também a incorporação da PNAD Contínua em substituição à Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e a da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

Conhecido como uma espécie de “prévia do PIB do BC”, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A atual previsão oficial do BC para a atividade doméstica deste ano é de queda de 3,3%. No Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, a mediana das estimativas do mercado apontava para retração de 3,23%.

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