O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) subiu para 98,6 pontos em janeiro, contra apuração anterior feita em dezembro pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) de 96,3 pontos. Apesar do aumento de 2,4% de um mês para o outro, o patamar do mês passado estava 10% abaixo da média histórica (109,6 pontos) e mostra que os brasileiros continuam pessimistas.
“Desde abril de 2015, o índice encontra-se relativamente estável, mantendo-se entre 96 e 100 pontos. A manutenção do pessimismo do consumidor indica perspectivas de continuidade de baixa demanda nos próximos meses”, trouxe a nota da entidade.
De acordo com a pesquisa, a melhora da confiança em janeiro é resultado das perspectivas em relação à renda pessoal, ao endividamento e à situação financeira. O índice de expectativa sobre a renda pessoal cresceu 4,6%, o de endividamento subiu 4,6% e o de situação financeira avançou 2,4% frente a dezembro.
Conforme a metodologia do levantamento, quanto maior o indicador, maior é o número de pessoas que esperam o aumento da renda e que perceberam melhora da situação financeira e a queda do endividamento.
Inflação e emprego
A CNI também identificou que as perspectivas sobre a inflação e o emprego igualmente melhoraram. O índice de expectativas em relação à inflação cresceu 2,5% e o de desemprego aumentou 5,2% na comparação com dezembro. Também neste caso, quanto maior os índices, maior é o número de pessoas que apostam na queda da inflação e do desemprego nos seis próximos meses.
Compras
Apenas o índice de expectativa de compras de maior valor caiu em janeiro. A queda foi de 1,1% em relação a dezembro. De acordo com a CNI, esse resultado é normal nesta época do ano porque encerra-se o período de compras de maior valor tradicionais no fim de ano.
Para realizar o levantamento em parceria com o Ibope, a CNI ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 16 e 20 de janeiro.