Um dos 16 indiciados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, na semana passada, o argentino José Luis Meiszner se entregou às autoridades nesta quarta-feira, em Buenos Aires. O ex-secretário-geral da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) é acusado de corrupção no escândalo que vem abalando a imagem da Fifa desde maio deste ano.
Indiciado na quinta-feira passada, Meiszner alegou problemas cardíacos para se apresentar à Justiça somente nesta quarta. “Sofro de problemas cardíacos e, além disso, estou com um quadro de depressão por causa da situação que estou vivendo”, afirmou o ex-dirigente da Conmebol.
Meiszner, segundo o seu advogado, Luis Daer, tentará obter a prisão domiciliar em Buenos Aires até que a Justiça local decida sobre o pedido de extradição dos Estados Unidos. Se as autoridades argentinas forem favoráveis ao pedido norte-americano, Meiszner responderá pelas acusações de corrupção em Nova York, assim como acontece com o ex-presidente da CBF José Maria Marin.
Antes de ser indiciado pelo FBI, o argentino renunciou ao cargo de secretário-geral da Conmebol. Ex-presidente do Quilmes, cujo estádio leva o seu nome, Meiszner era um dos homens de confiança de Julio Grondona, ex-presidente da Associação de Futebol da Argentina e ex-vice-presidente da Fifa – ele morreu em julho do ano passado.
Meiszner e outros 15 dirigentes do futebol latino-americano foram indiciados pela Justiça norte-americana na quinta passada, incluindo o presidente licenciado da CBF, Marco Polo del Nero, e o ex-presidente Ricardo Teixeira. No mesmo dia, foram presos em Zurique o presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout, e o presidente da Concacaf, Alfredo Hawit.