Os empresários da construção estão menos pessimistas, segundo Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta quarta-feira, 22, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Pela primeira vez, desde julho de 2014, os empresários do setor esperam a manutenção do nível de atividade para os próximos seis meses.
De acordo com a pesquisa, o indicador de expectativa de atividade registrou em fevereiro índice de 50,3 pontos, um crescimento de 2,9 pontos em relação a janeiro (47,4 pontos).
Pela metodologia da pesquisa, indicadores acima de 50 pontos indicam expectativas positivas e abaixo, negativas. “As mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida e a queda da taxa básica de juros devem contribuir para a melhora do setor”, afirma a economista da CNI Flávia Ferraz.
Apesar da expectativa para a atividade ser de manutenção do nível nos próximos meses, os indicadores de emprego, de emprego, de compras de insumos e de novos empreendimentos permanecem abaixo da linha divisória, embora tenham apresentado crescimento de janeiro para fevereiro, o que indica menor pessimismo dos empresários, na avaliação da CNI.
Segundo os dados da pesquisa, as expectativas de novos empreendimentos e serviços subiu de 46,6 pontos parra 48 pontos em fevereiro. Em relação às perspectivas de compras de insumos e matérias-primas, o indicador passou de 45,4 pontos para 48,4 pontos no mesmo período de comparação. O índice que mede a expectativa com relação ao número de empregados também teve elevação de 45,7 pontos para 47,1 pontos.
Já com relação à intenção de investimento nos próximos seis meses, a pesquisa mostra uma leve queda, de 27,7 pontos em janeiro para 26,8 pontos em fevereiro. Segundo a CNI, o indicador reflete a elevada ociosidade da indústria da construção e o nível de atividade ainda considerado baixo.
Capacidade ociosa
Os números da Sondagem mostram que, em janeiro, o nível de atividade da indústria da construção ficou em 39,3 pontos, ante 37,9 pontos registrados em dezembro de 2016. O indicador que mede o número de empregados do setor também registrou pequena alta de 36 pontos em dezembro para 38,4 pontos em janeiro.
Segundo avaliação da CNI, a alta indica redução do ritmo de queda da atividade e do emprego uma vez que ambos ainda estão abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Os índices de evolução do nível de atividade e de número de empregados varia de zero a 100, sendo que valores abaixo de 50 indicam queda da atividade e do número de empregados.
A utilização da capacidade de operação da indústria da construção passou de 56 em dezembro para 55 em janeiro. O porcentual está 8 pontos abaixo da média histórica para meses de janeiro, o que revela que a indústria da construção permanece com alta capacidade ociosa.
O indicador que mede o nível de atividade em relação ao usual passou de 27,5 pontos em dezembro de 2016 para 28,5 pontos em janeiro. Valores abaixo de 50 pontos apontam para atividade abaixo do usual para o mês.
A pesquisa da CNI foi feita entre os dias 1º e 13 de fevereiro com 615 empresas, sendo 196 pequenas, 285 médias e 134 de grande porte.