A inflação de serviços acelerou de 0,16% em janeiro para 0,74% em fevereiro, pressionada pelos reajustes nas mensalidades escolares realizados no início do ano letivo, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do avanço, a taxa acumulada pela inflação de serviços em 12 meses desceu de 4,30% em janeiro para 4,20% em fevereiro, o patamar mais baixo da série histórica iniciada em dezembro de 2012.
“A população com rendimento comprometido acaba colocando o orçamento em prioridades, os serviços acabam ficando para depois. Posso não ir ao cabeleireiro, fazer a unha em casa em vez de ir ao salão, por exemplo. Então você acaba trocando esses gastos para preservar a renda”, justificou Fernando Gonçalves, gerente na Coordenação de Índices de Preços do IBGE.
Já a inflação de bens e serviços monitorados pelo governo saiu de 0,20% em janeiro para 0,55% em fevereiro. Os aumentos na gasolina (0,85%) e no ônibus urbano (1,90%) pressionaram a taxa, enquanto a tarifa de energia elétrica deu nova trégua (-0,18%). O gás de botijão subiu 0,65% em fevereiro, o gás encanado aumentou 1,01%.
A taxa acumulada pela inflação de monitorados em 12 meses passou 7,35% em janeiro para 7,32% em fevereiro.