Mais uma vez as redes sociais, sobretudo o aplicativo de troca de mensagens WhatsApp, servem para a difusão de notícias falsas que se espalham rapidamente e assustam moradores de Guarulhos, além de outras cidades brasileiras. Nos últimos dias, o GuarulhosWeb recebeu fotos e informações sobre um caminhão frigorífico que teria sido parado na rodovia Presidente Dutra e que carregava dezenas de corpos de crianças. Não há qualquer fundo de verdade na notícia.
Para aumentar o pânico, as mensagens – além de fotos de corpos, cuja origem não foi identificada, mas não é no Brasil – vêm acompanhadas de mensagens de voz, sobre possíveis seqüestros de crianças que teriam ocorrido em shoppins ou locais de grande circulação de São Paulo. Em algumas gravações, o tom da voz sugere pânico e traz detalhes, para dar maior veracidade ao boato.
Não há em Guarulhos ou região qualquer notificação de casos de sequestro de criança. Não há nenhuma evidência de que há uma rede de tráfico de crianças para extração de órgãos.
Autoridades sugerem às pessoas para que não compartilhem nem reencaminhem notícias falsas ou de origem duvidosa, para evitar que uma onda de boatos gere pânico na população.
A SSP esclarece que não há onda de sequestros de crianças no Estado de São Paulo e não há nenhum registro deste tipo de crime. Falsas notícias têm circulado nas redes sociais, alarmando as pessoas ao atribuir crimes às quadrilhas especializadas ou facções criminosas.
A Polícia Militar reitera que todas as denúncias ou suspeitas devem ser encaminhadas ao 190, evitando-se a propagação de pânico e boatos.
A Polícia Militar informa ainda que nesta terça-feira (13), devido a uma ocorrência registrada em novembro no 26º. DP, uma mulher abordada em São Bernardo, na região metropolitana de São Paulo, foi identificada como funcionária de um instituto de pesquisas de opinião. Moradores da região acionaram a polícia ao suspeitarem da atuação profissional da mulher.
A Secretaria de Segurança Pública esclarece ainda que a Polícia Civil investiga todas as denúncias registradas e o setor de inteligência policial monitora os boatos divulgados nas redes sociais.