A Infraero, estatal que administra aeroportos, deu início a um dos mais profundos processos de reestruturação desde a sua fundação, em 1973. As mudanças têm o objetivo de preparar a empresa para a abertura de seu capital, algo que há anos vem sendo discutido no governo e que a atual direção espera concretizar até 2016.
Governo deve permanecer como acionista majoritário e controlador da empresa, a exemplo do que ocorre hoje com Eletrobras e Petrobras
Essa reestruturação deve ser concluída até fevereiro de 2014. De acordo com o diretor de Planejamento da Infraero, Mauro Roberto Lima, as principais mudanças vão acontecer na organização da Infraero. E o fim das superintendências regionais é uma delas.
Atualmente a estatal conta com três níveis decisórios: a superintendência de cada um de seus 63 aeroportos, as 9 superintendências regionais e, por fim, a diretoria executiva (sede). Na nova estrutura, as superintendências regionais se transformam em centros de suporte técnico, ou seja, vão apenas dar apoio a projetos e obras em suas áreas. E as decisões serão tomadas pelos aeroportos e pela direção da Infraero.
“Hoje o processo decisório sobe e desce nesses três níveis, o que leva a uma demora. O que estamos fazendo é ligar os aeroportos diretos à sede para que o processo de comunicação das decisões seja mais rápido, mais eficiente”, disse Lima.
Segundo ele, a mudança é necessária para que a Infraero possa competir, no futuro, com os operadores privados de aeroportos que chegaram ao país a partir do leilão dos terminais de Guarulhos, Campinas e Brasília, no ano passado. Essa competição vai aumentar, já que ainda em 2013 o governo deve leiloar os aeroportos do Galeão (RJ) e Confins (MG).
Informações: g1.com.br