O nome do suposto operador de propinas da Odebrecht Bernardo Freiburghaus foi retirado da lista vermelha da Interpol, um dia depois de o jornal O Estado de S. Paulo publicar seu paradeiro, em Genebra.
Fontes no Ministério Público indicaram que a inclusão de seu nome na lista de alerta vermelho foi “precipitada” e, no fundo, acabou prejudicando qualquer ação para sua prisão. Assim que o erro foi notado, o nome foi retirado da lista. Freiburghaus deixou o Brasil em julho e estabeleceu residência fixa em Genebra.
Desde fevereiro, os advogados do operador indicaram para a Polícia Federal seu endereço em Genebra e que ele estava disposto a responder a eventuais perguntas, por meio de sua defesa.
Na sexta-feira, 19, quando a cúpula da Odebrecht foi presa, a PF indicou que era Freiburghaus quem operava as contas das supostas propinas e seu nome passou a fazer parte da Interpol. No Brasil, ele foi considerado como “foragido”.
No domingo, 21, porém, após assistir no cinema ao filme Jurassic World, admitiu que estava preocupado. “A vida não está fácil”, disse. Mas afirmou que não tinha qualquer relação com as propinas. “Estão querendo me crucificar”, reclamou. “Não existem provas. Eu não sou doleiro, apenas um gerente”, insistiu. “Se eu tivesse de ser preso, muita gente na Suíça também teria de ser”, completou.