Cidades

Intervenção divina

A definição do candidato a prefeito pelo PT pode ser bem diferente do que se desenhou até agora. Para muitos, considerado carta fora do baralho, o até hoje secretário de Educação, Moacir de Souza, que deve voltar à Câmara Municipal na segunda-feira, teria selado ao longo desta semana um acordo para ser o nome do partido na sucessão do prefeito Sebastião Almeida (PT). O partido tinha marcado prévias para abril, mas elas podem nem ocorrer.
 
 
 
Elói vice
 
Pela nova configuração, o ex-prefeito Elói Pietá (PT) entraria na chapa como vice, evitando um desgaste maior em caso de derrota, o que poderia manchar sua história política. Em troca, garantiria que sua pupila, a suplente de vereadora Eneide Lima – no caso de vitória nas urnas – retornasse ao comando da Educação, pasta que ela chefiou quando era vice-prefeita.
 
 
 
Almeida federal
 
A costura já teria o aval de Almeida, que deverá ser o nome do PT nas eleições de 2018 para deputado federal. Até mesmo o deputado Alencar Santana, muito a contragosto, teria sido obrigado a concordar, contentando-se em concorrer mais uma vez a estadual daqui a dois anos. Inconformado por não ter feito prevalecer seu projeto pessoal, o parlamentar – caso não consiga reverter o quadro  – já estaria criando coragem para informar a decisão a seu grupo politico.
 
 
 
Última carta
 
A entrada de Moacir na disputa mudaria até a estratégia de campanha dos adversários, que trabalharam até agora com as hipóteses de enfrentar Pietá ou Alencar nas urnas. O professor poderia ser apresentado como “fato novo”, talvez com um perfil mais técnico e menos político. Seria a cartada final para o PT tentar se manter no poder, revertendo a grande repulsa ao partido, devido ao processo contra Dilma em nível federal e à reprovação de Almeida por aqui.
 
 
 
Não foi bem assim
 
O Professor Jesus (DEM), na última terça-feira, arcou sozinho com o ônus por decidir pelo arquivamento do processo de cassação de Almeida, aberto por ele mesmo duas semanas antes na Câmara. No entanto, a história pode ganhar novos contornos. Reza a lenda que o acordo teria ocorrido fora de Guarulhos, durante os feriados de Páscoa, na casa de praia de um parlamentar e “ótimo ator” que – em tese – passa longe das fileiras do PT. Jesus apenas sacramentou a decisão.
 

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