Economia

Investimentos da CSN caem 19% no 1º tri e somam R$ 330 milhões

Os investimentos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no primeiro trimestre do ano ficaram em R$ 330 milhões, queda de 19% ante os R$ 407 milhões do mesmo período do ano anterior.

No intervalo de janeiro a março os recursos foram destinados para o segmento de siderurgia (R$ 119 milhões), de mineração (R$ 62 milhões), cimento (R$ 139 milhões) e em logística (R$10 milhões).

Segundo o relatório que acompanha o demonstrativo financeiro, os destaques dos aportes foram no novo forno de clínquer em Arcos, Minas Gerais; na reforma das baterias de coque e em outros projetos que visam à melhoria de desempenho ambiental na Usina Presidente Vargas e de investimento corrente nas demais operações.

Capital de giro

O capital de giro da CSN somou R$ 3,077 bilhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 8,4% na relação anual. Ante o trimestre imediatamente anterior houve queda de 2,8%.

O ciclo financeiro ficou em 101 dias, aumento de 19 dias ante o primeiro trimestre de 2015 mas queda de quatro dias ante o quarto trimestre do ano passado.

Alavancagem

O indicador de alavancagem da CSN saltou para 8,7 vezes no primeiro trimestre deste ano, ante 4,8 vezes observado no mesmo intervalo do ano passado e de 8,2 vezes no último trimestre do ano passado. A alavancagem mostra quantas vezes a dívida líquida da empresa é superior ao Ebitda ajustado anualizado, o que, na prática, significa quantos anos de geração de caixa a empresa precisaria para pagar sua dívida.

A dívida líquida ajustada da CSN ao fim do primeiro trimestre deste ano foi a R$ 26,654 bilhões, crescimento de 33% na relação anual e alta de 1% ante o intervalo imediatamente anterior.

O caixa da CSN, por sua vez, ficou em 6,472 bilhões ao fim de março, queda de 47% na relação anual e retração de 27% na trimestral.

Com elevado endividamento, as despesas financeiras, sem considerar a variação cambial, da CSN no primeiro trimestre do ano somaram R$ 1,219 bilhão, o que representou um aumento de 181% em relação às despesas registradas no mesmo período do ano passado. Na comparação com o último trimestre do ano passado, as despesas cresceram 129,6%.

As receitas financeiras de janeiro a março somaram R$ 251 milhões e, com isso, a CSN teve no trimestre perdas financeiras de R$ 943 milhões, crescimento de 8,4% ante o observado um ano antes. Ante o quarto trimestre de 2015 houve um aumento de 415%.

Em suas notas explicativas, a CSN afirma que a administração está “empenhada com um plano de alienação de um conjunto de ativos e entende que uma parte desses ativos poderá ser vendida no período de 12 meses contados a partir de 31 de dezembro de 2015”.

Ainda nesse documento, a CSN detalha que em 2017 haverá o vencimento de R$ 1,240 bilhão e em 2018 de 5,691 bilhão. Já em 2019 o vencimento engloba R$ 7,295 bilhões e em 2020 de R$ 7,952 bilhões.

Vendas de aço

As vendas de aço da CSN no primeiro trimestre do ano somaram 1,246 milhão de toneladas, queda de 11% em relação ao observado no mesmo período do ano anterior. Ante o quarto trimestre houve um aumento de 10% nos volumes vendidos.

No primeiro trimestre, o mercado interno foi destino de 52% das vendas, sendo que no mesmo período de 2015 foi de 63%. As subsidiarias no exterior responderam por 42% das vendas, ante uma participação de 34% no mesmo período de 2015.

“No primeiro trimestre de 2016, a CSN aumentou sua participação de produtos revestidos no volume de vendas totais, seguindo a estratégia de incremento de valor agregado do seu mix de produtos”, frisou a companhia no documento que acompanha seu demonstrativo financeiro.

A CSN produziu no primeiro trimestre do ano 835 mil toneladas de placas, queda de 25% em um ano e retração de 16% ante o último trimestre do ano passado. Segundo a companhia, não houve compra de placas de terceiros no período. Já a produção de laminados somou 746 mil toneladas, queda de 27% na relação anual e de 22% na trimestral.

As vendas de minério de ferro de janeiro a março, por sua vez, somaram 8,295 milhões de toneladas, aumento de 52% em doze meses. Ante o quarto trimestre do ano passado subiram 25%. O volume de minério embarcado no primeiro trimestre deste ano chegou em 6,988 milhões de toneladas, aumento de 11% na relação anual, mas queda de 12% na comparação trimestral. No período foram, vendidos ainda 1,047 milhão de tonelada de minério de ferro da Congonhas Mineração para a Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda.

Já a produção de minério de ferro da CSN ficou em 7,326 milhões de toneladas, alta de 23% em um ano e aumento de 1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. As compras de minério de ferro de terceiros somaram 617 mil toneladas, aumento de 14% em um ano, mas retração de 58% ante o último trimestre do ano passado.

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