"No começo foi estranho, mas agora acho normal", comenta Gabriela Cantagallo. Os responsáveis pela divulgação da imagem de Gabriela são a irmã mais nova e o avô. "Ela conta para todos os amigos, mas meu avô é meu maior fã. Se vou competir e não o chamo, ele fica bravo", diz, aos risos.
Jogos Olímpicos e Patrocínios – Para tornar o sonho dos Jogos Paraolímpicos realidade, Gabriela terá que se enquadrar em uma rígida disciplina pregada pela treinadora Elisabeth Barbosa, 54 anos, 30 deles dedicados à natação, sendo 23 em Guarulhos.
"Essa fase adolescente não permite uma dedicação maior, a alimentação não é adequada. Um atleta olímpico precisa seguir uma alimentação radical", discursa.
No cenário atual, a nadadora guarulhense vê somente uma adversária forte em sua classe, a carioca Camile Rodrigues, mas sabe que a safra de atletas está em fase crescente. "Há uma renovação e nas próximas Paraolimpíadas não serão as mesmas nadadoras", analisa, cautelosa.
Ofertas de patrocínio já surgiram, mas, por enquanto, a ajuda vem somente da Secretaria de Esporte, que disponibiliza a piscina para os treinos e arca com os custos das viagens e alimentação. Gabriela já recebeu sondagens depois do Pan, porém de concreto só o Mackenzie que ofereceu uma bolsa integral.
Enquanto as Paraolimpíadas não chegam, a guarulhense divide seu tempo com os treinos diários e a escola. "A Gabriela tem garra, mas tem limites que precisam ser ultrapassados se quiser chegar a uma Olimpíada. Potencial ela tem, com certeza", finaliza Elisabeth.
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