O brasileiro João Gomes Júnior faturou esta quarta-feira a medalha de prata na prova dos 50 metros peito no Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo realizado em Budapeste. A disputa foi vencida pelo britânico Adam Peaty, enquanto o também brasileiro Felipe Lima ficou na quarta colocação.
Nas eliminatórias do Mundial, João Gomes havia quebrado o recorde sul-americano da prova, na última terça-feira. E agora repetiu o feito ao cravar o tempo de 26s52, o também que lhe garantiu a medalha de prata da prova em Budapeste.
“Eu estou muito feliz. Só Deus sabe o quanto eu batalhei para chegar aqui. Só tenho que agradecer a todo mundo que me ajudou. O Felipe (Lima) é um cara que quando eu comecei a nadar, o via competindo e também serviu de inspiração. Eu não senti que larguei tão bem, mas fui bem tranquilo, consciente do que tinha que fazer na parte final e graças a Deus foi tudo certo. Comecei meu ciclo olímpico muito bem”,festejou João Gomes em entrevista ao SporTV.
Ele só não conseguiu ameaçar o domínio de Peaty, que nas eliminatórias e nas semifinais havia quebrado o recorde mundial dos 50m peito, que agora é de 25s95. O britânico não chegou a registrar uma nova marca para a prova na final, mas o tempo de 25s99 foi mais do que suficiente para lhe garantir o título mundial, o segundo consecutivo nessa distância.
O pódio foi completado pelo sul-africano Cameron van der Burgh, o terceiro colocado, com 26s60. Assim, ele foi 0s18 mais rápido do que Felipe Lima, o quarto melhor do mundo nos 50m peito na competição na Hungria.
Antes da prata de João Gomes, o Brasil havia faturado cinco medalhas no Mundial, sendo três delas na maratona aquática com Ana Marcela Cunha, ouro nos 25km e bronze nos 5km e nos 10km. Além disso, na natação o País já havia levado outras duas pratas, no revezamento 4×100 metros livre e com Nicholas Santos nos 50m borboleta.
ETIENE E CHIERIGIHINI NAS FINAIS – Medalhista de prata nos 50m costas no Mundial de 2015, Etiene Medeiros tentará voltar ao pódio nesta edição do evento, na quinta-feira. Nesta quarta, a brasileira avançou em primeiro lugar para a final da prova ao marcar o tempo de 27s18 em sua bateria nas semifinais.
“Eu falo que semifinal é sempre uma final. Então, realmente me surpreendi com o tempo, foi muito bom, pensei que já estava em uma final. Nadei forte, querendo realmente estar junto com a chinesa, que tem os melhores tempos. Estou muito feliz e acho que foi um mega resultado”, afirmou a brasileira, que superou em apenas 0s01 a chinesa Yuanhui Fu, a segunda melhor das semifinais.
Membros da equipe que deu ao Brasil a medalha de prata no revezamento 4×100 metros, Marcelo Chierighini e Gabriel Santos tiveram destinos diferentes nas semifinais dos 100m, nesta quarta-feira. Chierighini garantiu sua vaga na final, enquanto Gabriel foi eliminado.
Chierighini foi o quarto colocado na sua bateria e o oitavo na classificação geral, com a marca de 48s31, avançando com o pior tempo para a final. Já Gabriel marcou 48s72, ficando na 14ª posição. O melhor desempenho foi do francês Mehdy Metella, com 47s65, sendo apenas 0s01 mais rápido do que o norte-americano Caeleb Dressel.
Mesmo classificado, Chierighini admitiu que não aprovou o seu desempenho e precisará melhorar para a final desta quinta. “Estou na final, mas essa prova não encaixou. Não foi como no revezamento, que passei natural. Vou descansar, conversar com meu técnico e ver o que posso melhorar. Para ir ao pódio, tenho que fazer 47s7, pelo menos, então tenho que melhorar bastante”, comentou.