Política

Jovino Cândido defende pacto da oposição para tirar o PT do poder

Evitar a permanência do Partido dos Trabalhadores no Bom Clima é o desejo do ex-prefeito Jovino Cândido, pré-candidato do PV em Guaruhos. Em entrevista ao GuarulhosWeb, durante visita à redação, ele ressaltou que o caminho não será dos mais fáceis, até porque entende que na cidade não exista uma oposição sólida capaz de destituir o PT do Poder Executivo, posto que ocupa há quase 16 anos. Na avaliação dele, há candidaturas auxiliares em apoio aos petistas.
 
“Qualquer um dos atores que estão aí tem condições, mas é preciso um pacto sério das oposições. No entanto, Guarulhos não tem hoje oposição. Como você vai fazer pacto num jogo como esse, onde os caras já estão se preparando para fazer a anti-campanha, com sujeira e baixaria? Precisamos ter um olhar de que não é possível o PT ficar no poder. O Brasil está vivendo um momento especial”, explicou o ex-prefeito Jovino Cândido.
 
Diante deste cenário, Jovino apontou a possível existência de candidaturas auxiliares, que teriam como objetivo beneficiar a permanência do PT na condução do município por mais quatro anos. Ele citou as pré-candidaturas do deputado estadual Jorge Wilson (PRB), que administrava o Procon guarulhense na atual gestão, e do deputado federal Eli Corrêa Filho (DEM), que conta com apoio de ex-aliados do prefeito Sebastião Almeida (PT) como o ex-secretário-adjunto da SDU, Rodolfo Machado (PRTB), entre outros.
 
“Como podemos considerar a candidatura de Jorge Wilson (PRB), que é auxiliar como outros do passado?. O Eli Corrêa Filho, até que prove o contrário, é auxiliar. Está construindo para o PT permanecer. Guti? Que papo é esse? Precisamos dar um jeito de afastar o PT do poder, até porque já deram a contribuição deles. Não vou ficar assistindo e brincar de cabo eleitoral”, criticou.
 
Além de traçar o perfil e o panorama, de acordo com o ex-prefeito, do cenário político guarulhense para o pleito de outubro próximo, Jovino revelou que o único candidato a procurar ele com o propósito de formalizar uma aliança foi o presidente e pré-candidato a prefeito pelo PSD, Fausto Martello. Ele entende que é preciso fazer uma engenharia para impedir que os mesmos que ajudaram o PT a chegar ao poder possam repetir o contexto dos últimos 16 anos.
 
“Nós precisamos de uma engenharia. Foi essa gente que ajudou a construir o PT. O único candidato que tivemos conversa foi o Martello, que vem insistindo muito. Eu não vejo, hoje, condições para disputar as eleições sem recursos. Temos uma história, que pode ser questionada como política, mas penso que seja razoável para atender uma alternância de poder”, encerrou.
 

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