O juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos, condenou mais um alvo da Operação Alba Vírus. O magistrado sentenciou José Carlos dos Santos Beserra a 13 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Segundo a sentença, agentes da Polícia Federal encontraram 968,9 quilos de cocaína em um imóvel de propriedade de José Carlos.
Na ocasião, também foram apreendidos R$ 1,2 milhão, além de diversos equipamentos usados no preparo e embalagem de entorpecentes – duas máquinas embaladoras a vácuo; 282 bolsas impermeáveis; 15 botes infláveis; sacos transparentes, balões de gás, bolsas e malotes, coletes salva-vidas, sinalizadores marítimos e apetrechos para embalagens.
Segundo o despacho de Roberto Lemos, a suspeita dos investigadores é a de que José Carlos faça parte de uma organização criminosa fortemente estruturada e ordenada, responsável pela operacionalização de diversos envios de substâncias entorpecentes ao exterior. Em outro endereço ligado ao grupo, os agentes apreenderam mais 375 kg de cocaína e seis armas de fogo 1 fuzil e 5 pistolas.
Além de destacar o arcabouço probatório extenso sobre a ligação de José Carlos com s apreensões de cocaína, o juiz Roberto Lemos apontou que no dia da ação que pegou 900 kg da droga, o réu foi fotografado entregando um caminhão-baú com um fundo falso a um desconhecido.
A sentença registra ainda que o condenado e seu filho Ruan Carlos Mota Beserra tiveram seus nomes vinculados a onze depósitos em espécie, relacionados a compras de imóveis e veículos de luxo, totalizando o valor de R$ 1.424.449,00 o que revela outro forte indicativo de sua associação ao tráfico ilícito de substâncias entorpecentes
"Resta evidente que José Carlos dos Santos Bessera, com consciência e vontade livres, associou-se aos demais denunciados, de forma estável e permanente, para o fim de praticar, reiteradamente, o crime de tráfico transnacional de drogas (guarda, transporte, venda e exportação)", registrou Roberto Lemos do despacho.
<b>COM A PALAVRA, O CONDENADO</b>
Até a publicação desta matéria, a reportagem buscou contato com José Carlos dos Santos Beserra, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto a manifestações.