Economia

Juro fica estável após Fed não alterar taxas dos EUA

As taxas dos juros futuros fecharam a sessão desta quarta-feira, 17, próximas da estabilidade, após os investidores considerarem que o anúncio de política monetária do Federal Reserve não alterou as projeções para o aumento dos taxas dos Fed Funds no curto prazo.

As taxas dos juros futuros na BM&FBovespa oscilaram em margens estreitas entre os terrenos negativo e positivo durante toda a sessão. Os movimentos das taxas foram influenciados pela pesquisa Ibope, que mostrou um enfraquecimento da presidente Dilma Rousseff (PT) nas intenções de voto para as eleições e as expectativas em torno da reunião do Fed.

A pesquisa Ibope mostrou que, no primeiro turno, as intenções de voto em Dilma caíram de 39% para 36%, enquanto Marina Silva (PSB) oscilou de 31% para 30% e Aécio Neves (PSDB) subiu de 15% para 19%. A pesquisa mostrou uma vantagem de três pontos porcentuais para Marina num eventual segundo turno contra Dilma, dentro da margem de empate técnico. Marina aparece com 43%, ante 40% de Dilma. Na pesquisa anterior, Marina tinha os mesmos 43% e Dilma, 42%. No cenário em que o adversário de Dilma é Aécio Neves, a diferença entre a petista e o tucano caiu de 15 para 7 pontos porcentuais da última pesquisa. Agora, Dilma tem 44% contra 37% de Aécio.

Nos EUA, o Fed disse, no fim de sua reunião de dois dias, que iria acabar com o programa de compra de títulos, que permite relaxamento monetário, em outubro, mas manteve a sua orientação de que as taxas de juro de curto prazo permanecerão perto de zero por um “tempo considerável” depois que o programa terminar. Segundo o plano, o Fed vai comprar US$ 15 bilhões em títulos hipotecários e do Tesouro em outubro e, em seguida, encerrar as compras. O Fed manteve também a taxa dos Fed Funds inalterada na faixa de 0,0% a 0,25%. De acordo com projeções oficiais divulgadas hoje, a maioria dos membros do Fed continua a esperar a primeira elevação de juros no ano que vem.

No fim da sessão regular na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 (23.420 contratos) tinha taxa de 10,85%, igual ao ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2016 (133.895 contratos) registrava taxa de 11,53%, de 11,50% no ajuste da véspera; o DI para janeiro de 2017 (249.995 contratos) projetava taxa de 11,59%, de 11,60% no ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2021 (161.315 contratos) tinha taxa de 11,43%, de 11,41% após ajuste de terça-feira.

Entre os dados divulgados no front doméstico, o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de setembro subiu 0,31%, ante recuo de 0,55% em agosto, interrompendo três meses consecutivos de resultados negativos, informou pela manhã a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou dentro do previsto por analistas ouvidos pelo AE Projeções.

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