Os juros futuros fecharam a sessão desta segunda-feira, 14, em alta, novamente pressionados pelo desempenho do dólar ante a maioria das moedas de economias emergentes, incluindo o real, às vésperas da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). A moeda galga nesta segunda novos patamares, chegando a romper, nas máximas do dia, o de R$ 3,63, reforçando o debate sobre se o comitê deve ou não cortar a Selic nesta semana. As apostas de redução ainda são majoritárias no mercado.
Trouxe ainda desconforto o resultado da pesquisa CNT/MDA, sobre intenções de voto para a Presidência, que mostrou o ex-senador Ciro Gomes (PDT) à frente do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) – este o preferido do mercado e que segue com desempenho fraco.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para outubro de 2018, um dos mais líquidos entre os vencimentos curtos, estava, ao fim da sessão regular, com taxa de 6,245%, de 6,213% no ajuste de sexta-feira. A taxa do DI para janeiro de 2019 fechou e 6,360%, de 6,315% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2020 subiu de 7,29% para 7,41% e a do DI para janeiro de 2021, de 8,37% para 8,48%. O DI para janeiro de 2023 terminou com taxa de 9,61%, de 9,51%.
As taxas começaram o dia em viés de baixa, em linha com o alívio no câmbio, mas ainda pela manhã, passaram a subir na medida em que o dólar desacelerava a queda, com o mercado na expectativa pelos números da pesquisa, que sairia às 11 horas.
O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva segue liderando as intenções de voto, com 32,4% da preferência, ante 16,7% do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Marina Silva (Rede) tem 7,6% e Ciro Gomes, 5,4%. Alckmin aparece em quinto lugar, com 4% das intenções de voto.
Lula está preso desde o começo de abril. Sem Lula, Bolsonaro tem 18,3%; Marina, 11,2%; Ciro Gomes, 9% e Alckmin, 5,3%.
A partir dos números, o dólar se firmou em alta e continuou pressionando a curva, num dia ruim para outras moedas latino americanas, com destaque para o peso argentino, que perto das 16h30 caía em torno de 7%.
O risco Brasil medido pelos contratos de Credit Swap Default (CDS) também subia perto de 1%, para 186 pontos-base. Perto das 16h30, o dólar subia 0,76%, aos R$ 3,6274, no segmento à vista.