Economia

Juros fecham em queda, nas mínimas, com foco na saúde de Bolsonaro

Os juros futuros, que alternaram durante o dia leve alta e leve baixa, chegaram ao fim da sessão regular desta terça-feira, 18, com as taxas curtas de lado e as longas, em queda, nas mínimas. O movimento na reta final foi relacionado por operadores a informações sobre as condições clínicas do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, pois a ponta longa é a mais sensível ao risco do cenário eleitoral.

De acordo com uma fonte próxima a Bolsonaro, o candidato teve febre pela manhã, mas o quadro foi revertido e ele está melhor. No período da tarde, Hospital Israelita Albert Einstein, onde está internado o presidenciável, informou que ele tem apresentado evolução clínica satisfatória e boa resposta ao tratamento realizado até o momento.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019, que melhor reflete as apostas para as decisões do Copom em 2018, fechou estável, em 6,770%. A taxa do DI para janeiro de 2020 passou de 8,507% para 8,49% e a do DI para janeiro de 2021 encerrou na mínima de 9,72%, de 9,806% no ajuste anterior.

A taxa do DI para janeiro de 2023 caiu de 11,505% para 11,42% (mínima) e a do DI para janeiro de 2025 também terminou na mínima, de 12,21%, ante ajuste de segunda a 12,284%.

Durante a sessão, a falta de direção clara das taxas, assim como a liquidez restrita, dizem os profissionais nas mesas de renda fixa, refletiu a indefinição também do câmbio, a agenda fraca de eventos e indicadores e a espera pelos números da pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial, a ser divulgada nesta noite.

Alguns analistas relacionaram, ainda, o desenho da curva nesta terça-feira à expectativa pelo comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que na quarta-feira anuncia sua decisão sobre a Selic.

O estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, afirma que “o mercado está em compasso de espera pelas pesquisas, pois o Copom está dado”. Tanto na curva a termo quanto entre os economistas a maioria das apostas aponta para a manutenção da Selic em 6,50%.

Na sua avaliação, no comunicado o Copom não deve se comprometer com os próximos passos, mas outros profissionais acreditam que pode haver uma mensagem mais hawkish (conservadora) no texto diante da pressão do dólar e do risco eleitoral.

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