O recuo do dólar e os dados das vendas do varejo perto do piso da projeções ajudaram a pressionar as taxas de juros para baixo nesta terça-feira, 16. No fim do pregão regular, na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para outubro de 2015 tinha taxa de 14,01%, ante 14,019% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 apontava 14,27%, de 14,32% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 13,96%, ante 14,06% no ajuste anterior. Por fim, o DI para janeiro de 2021 projetava 12,84%, de 12,89% no ajuste da véspera. O dólar à vista fechou em R$ 3,0920 (-1,18%), no balcão.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo restrito caíram 0,4% em abril, ante março, o que representa o maior recuo para o mês desde 2003. O resultado fico próximo do piso do intervalo de estimativas coletadas pelo AE Projeções (-0,5% a +1,40%, com mediana positiva em 0,30%). Na comparação com abril de 2014, o recuo foi de 3,5%, a maior queda desde agosto de 2003 (-5,7%).
O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, afirmou em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que o resultado das vendas em abril reflete o quadro de ajuste pelo qual passa a economia brasileira, derivado de um aperto monetário e fiscal. Ele disse também que comportamento do varejo tende a piorar “pelo menos até o segundo semestre”, acompanhando a deterioração do mercado de trabalho.
Nos EUA, as taxas dos Treasuries recuaram, beneficiadas pela busca dos investidores por ativos mais seguros, em meio à falta de acordo na Grécia. Perto das 16h30, o juro da T-note de 2 anos recuava a 0,681%, de 0,697% no fim da tarde de ontem; o juro da T-note de 10 anos caía a 2,318%, de 2,360% no fim da tarde de ontem; o juro do T-bond de 30 anos estava em 3,051%, ante 3,091%.