Economia

Juros futuros têm viés de baixa com dólar, mas julgamento de Lula limita ajuste

Os juros futuros operam próximos da estabilidade, com viés de baixa, pressionados pelo dólar fraco ante o real e no exterior. Segundo um operador de renda fixa, há um pano de fundo de cautela nesta quarta-feira, 24, em meio ao julgamento da apelação do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva pelo TRF-4 em Porto Alegre, que limita o ajuste de baixa das taxas.

O leilão de títulos do Tesouro também está no radar dos investidores. A operação foi antecipada para esta quarta por causa do feriado do aniversário da cidade de São Paulo na quinta-feira, que manterá os mercados fechados. No leilão, a oferta será de Letras do Tesouro Nacional (LTN) nos vencimentos de 1/4/2019, 1/4/2020 e 1/1/2022 e Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) para 1/1/2025 e 1/1/2029.

Na terça-feira, as taxas futuras subiram diante dessa cautela, embora os mais curtos tiveram algum alívio com o IPCA-15 de janeiro abaixo do esperado.

Lula foi condenado em julho do ano passado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo envolvendo o tríplex do Guarujá. Até agora, o TRF-4 absolveu apenas cinco dos 77 condenados pelo juiz Sérgio Moro em quase quatro anos de Operação Lava Jato.

Às 9h57, o DI para janeiro de 2019 estava em 6,885%, de 6,900% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2020 marcava 8,10%, de 8,11% do ajuste de terça. O DI com vencimento para janeiro de 2021 estava em 8,97%, de 8,99% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 exibia 9,75%, de 9,78% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista recuava 0,67%, aos R$ 3,2136. O dólar futuro de fevereiro caía 0,74%, aos R$ 3,2170.

Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que a mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 5,4% em janeiro, um recuo de 0,4 ponto porcentual em relação ao resultado de 5,8% registrado em dezembro de 2017. Com o resultado, o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores caiu ao menor nível desde setembro de 2007, quando estava em 5,2%. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve uma redução de 2,5 pontos porcentuais.

Já o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou em seis das sete capitais pesquisadas na terceira quadrissemana de janeiro em relação à segunda leitura do mês, divulgou a instituição nesta quarta-feira. No geral, o IPC-S avançou de 0,47% para 0,59% entre os dois períodos.

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