As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilam em alta nos vencimentos mais longos na manhã desta sexta-feira, apesar da leve queda do dólar. O movimento já era esperado entre profissionais do mercado, que atribuem o movimento a uma realização de lucros, favorecida pelo ambiente de maior cautela com o cenário doméstico, em meio à disputa pelas presidências da Câmara e do Senado e a movimentação para mudar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A agenda mais escassa no cenário doméstico deve levar o mercado a apontar o foco para a agenda internacional e já para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que na próxima semana decidirá sobre a taxa Selic.
À espera das sinalizações que o Banco Central dará em seu comunicado, as oscilações estarão sujeitas às repercussões do relatório de emprego nos Estados Unidos (o payroll), à expectativa por pacote fiscal americano e às vacinas anti-covid. Internamente, o clima é de desconforto com a possibilidade de manobras fiscais que permitam driblar o teto de gastos nos próximos anos.
Às 9h30, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 6,19%, na máxima do dia, ante 6,11% do ajuste de ontem. O vencimento de janeiro de 2027 projetava taxa de 7,00%, também na máxima intraday, contra 6,90% do ajuste de ontem.