A inflação abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro pelo IPCA de junho e o desempenho ruim dos serviços em maio ditam baixa aos juros futuros de curto prazo na manhã desta sexta-feira. A virada do dólar para o negativo contribui para o movimento e pesa principalmente nas taxas longas.
Segundo o IBGE, o IPCA subiu 0,26%, ante um recuo de 0,38% em maio. A mediana era 0,30%, na pesquisa <b>Projeções Broadcast</b>. No caso dos serviços, o volume prestado caiu 0,9%, contrariando as expectativas, de alta, de 2,90% a 10%. Diante dos dados, o mercado aumenta levemente apostas em corte da Selic no próximo Copom, contudo, a chance majoritária ainda é de manutenção do juro básico. Havia 32% de chance de corte embutida na curva a termo no começo desta manhã, contra 28% ontem, nos cálculos do economista-chefe do Haitong, Flávio Serrano.
O mercado também avalia a Pnad Covid. A população ocupada somou 84 milhões na semana de 14 a 20 de junho e a desocupada, 11,8 milhões no mesmo período, de acordo com o IBGE.
Nos Estados Unidos, saiu a inflação ao produtor. O chamado PPI caiu 0,2% em junho ante maio. A previsão era +0,4%.
Às 10h51 desta sexta, o dólar à vista caía 0,18%, a R$ 5,3286. O DI para janeiro de 2021, que embute apostas para a Selic, tinha taxa de 2,090% ante 2,120% ontem no ajuste. O para janeiro de 2022 indicava 3,020% (3,103% no ajuste anterior). No trecho longo da curva, o para janeiro de 2027 apontava 6,40% (6,43% ontem no ajuste).