A Justiça americana determinou nesta semana a defesa de Cristiano Ronaldo receba uma indenização no valor de US$ 335 mil (cerca de R$ 1,75 milhão). O advogado Leslie Stovall foi condenado a arcar com os custos advocatícios do processo, por tentar forçar o prosseguimento do processo movido por sua cliente Kathryn Mayorga, que acusou o jogador português de estupro.
"Ronaldo não teria de pagar tamanhos custos processuais neste caso não fosse a má-fé do acusado", diz trecho da sentença da juíza distrital de Las Vegas Jennifer Dorsey. Ao todo, a decisão contou com 18 páginas. A indenização terá de ser paga diretamente à defesa do jogador, liderada por Peter Christiansen e Kendelee Works.
Mayorga alega que foi violentada por Cristiano Ronaldo em um quarto de hotel em Las Vegas, em 2009. À época, ela tinha 25 anos e jogador, 24. O caso foi finalizado em 2010, após o pagamento de 300 mil euros, em acordo por parte do português à sua acusadora. Cristiano não chegou a ser acusado formalmente de crime.
Em 2018, o caso foi reaberto, após o vazamento de conversas entre Cristiano e sua defesa sobre a acusação. Stovall e Mayorga argumentaram violação do acordo de confidencialidade e pedido de indenização. Na decisão da juíza, emitida nesta terça-feira, argumenta-se que Stovall agiu em conduta imprudente e fora dos limites por se utilizar do material vazado em benefício de sua cliente.
Aos 38 anos, Cristiano Ronaldo se transferiu para o Al-Nassr, da Arábia Saudita, após um ano no Manchester United. Em dezembro, disputou a Copa do Mundo com a seleção portuguesa – no que pode ter sido sua última competição a nível mundial por Portugal.