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Justiça determina bloqueio de valor 100 vezes maior do que o mantido por Cabral

Diferentemente do publicado na manhã desta sexta-feira, 13, o saldo que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral detém em um fundo de investimento e cujo bloqueio foi determinado na quinta-feira, 12, soma R$ 385.271,57 e não R$ 38.527.157,00. Conforme apurou a Coluna do Broad, do Grupo Estado, o saldo foi elevado em 100 vezes por um erro decimal.

O recurso estava aplicado em cotas de fundo de investimento em nome do ex-governador. A descoberta foi comunicada à Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF).

No despacho em que determina o bloqueio, publicado na noite da quinta-feira, 12, na versão digital do processo, o juiz Marcelo Bretas cita o valor de R$ 38.527.157,00. O magistrado acolheu pedido de bloqueio feito pelo MPF, baseado em informações que teriam sido fornecidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). A decisão com esse valor foi publicada pelo jornal O Globo nesta sexta-feira e confirmada pelo Estado.

Bretas pediu urgência no bloqueio, para que fosse efetivado em até 24 horas. A Bem DTVM, instituição financeira onde os recursos estariam aplicados já teria bloqueado a cifra correta e teria enviado um ofício ao juiz, esclarecendo a confusão, conforme apurou a Coluna. A administradora do fundo é a Vinci Partners.

Preso no dia 17 de novembro do ano passado, durante a operação Calicute, Cabral é suspeito de comandar uma quadrilha que desviou cerca de R$ 224 milhões dos cofres públicos.

Em outra investigação sobre Cabral, que corre em Curitiba, o Banco Central (BC) tinha encontrado apenas R$ 454 em contas do ex-governador.

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