A presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, Kátia Abreu (PP-TO), classificou o discurso do presidente da República, Jair Bolsonaro, na Cúpula do Clima como uma intervenção "positiva". A senadora ressaltou, porém, que a meta de zerar o desmatamento ilegal no País pode ser reduzida para 2025, cinco anos a menos do que o citado pelo chefe do Planalto na declaração. Kátia Abreu afirmou que deve apresentar um projeto de lei nesse sentido para votação no Senado.
"As metas de redução de emissões e de eliminação do desmatamento ilegal não são um ônus para o País, mas sim proteção aos brasileiros e brasileiras, ao nosso planeta e a todos os seres humanos. Tanto que devemos ser ainda mais ousados. Podemos antecipar a meta brasileira para eliminação do desmatamento ilegal e avançar mais rapidamente, até 2025, com a redução de nossas emissões. Já demonstramos no passado que temos condições de avançar nessa direção", afirmou a presidente da comissão em nota.
Ela classificou a intervenção como positiva, chamando a atenção para um discurso mais ameno em que o presidente da República não condicionou as metas do clima ao recebimento de recursos de países desenvolvidos. Na declaração, porém, Bolsonaro não deixou de fazer o pedido por ajuda financeira. "A intervenção brasileira foi positiva, na linha equilibrada do atual comando do Itamaraty, sem exigências inoportunas de contrapartidas financeiras, que poderiam ser vistas como um toma lá, dá cá."