O técnico do Liverpool, Jürgen Klopp, afastou qualquer possibilidade de deixar a equipe. O treinador alemão reconheceu a má fase do atual campeão inglês, que vem de três derrotas consecutivas no campeonato nacional e praticamente deu adeus à disputa pelo título. No entanto, assegurou que não pretende pedir demissão e nem precisa de uma pausa.
Com medo de uma possível saída do treinador que levou o Liverpool às conquistas da Liga dos Campeões e do Campeonato Inglês nas últimas temporadas, alguns torcedores estenderam uma faixa nos arredores de Anfield Road para mostrar apoio ao alemão: "Jürgen Klopp YNWA" (iniciais, em inglês, de "Você nunca andará sozinho").
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, véspera da partida de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões diante do RB Leipzig, da Alemanha, o comandante agradeceu a manifestação de apoio, apesar de considerar desnecessária a atitude, e reforçou o seu desejo de permanecer no cargo.
"Não sinto que precise de um apoio especial no momento ou algo assim. Mas a faixa é legal, muito legal. Agradeço todo apoio. Eu não leio, eu realmente não vejo, mas as pessoas me dizem e eu sou muito, muito grato por esse tipo de coisa. Mas eles podem realmente pensar em outras coisas porque ninguém precisa se preocupar comigo", disse o técnico.
"Boatos de eu sair do clube ou dar uma pausa? Não é verdade. Eu não preciso de uma pausa. Olha, tivemos um período absolutamente difícil, mas isso não foi apenas agora por três semanas. Já faz muito mais tempo e sempre tratamos essas dificuldades como uma família. Tenho 53 anos, trabalho no futebol há 30 anos, consigo dividir as coisas. Claro que somos influenciados por coisas que acontecem ao nosso redor, mas ninguém precisa se preocupar comigo", completou Klopp, que brincou ao dizer que está "cheio de energia", embora seus olhos cansados e a barba cada vez mais grisalha não indiquem isso.
Klopp assumiu a culpa pelos resultados negativos em sequência e afirmou que o time está pronto para reagir. "No momento muitas pessoas obviamente não estão felizes com os resultados. Entendo e eu sou responsável por isso, 100%. Temos que ser dominantes, temos que jogar futebol e é o que vamos fazer. Isso. É um grande desafio. Estou pronto, os meninos estão prontos e vamos dar tudo para resolver essa situação", ressaltou.
O treinador salientou que espera um jogo duro contra o Leipzig, vice-líder do Campeonato Alemão, mas se mostrou confiante na reação da equipe. O duelo está marcado para as 17 horas (de Brasília) e será disputado em Budapeste, na Hungria, porque o governo da Alemanha proibiu até pelo menos 17 de fevereiro a entrada de pessoas no país que chegassem de áreas afetadas pelas mutações do coronavírus, como a Inglaterra. A partida de volta está agendada para 10 de março, no Anfield.
"Você tem que manter a fé. Às vezes você perde a fé e precisa recuperá-la. Sabemos como será difícil contra o Leipzig. Presumo que o Leipzig também saiba como será difícil contra nós. E vamos apenas tentar garantir que o nosso futebol, que ainda pode ser excelente, vença. Só não foram os resultados recentes e é isso que vamos começar a mudar amanhã", avaliou.