Uma alta funcionária da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que está pressionando para que a Líbia realize eleições até junho, depois que o país perdeu o prazo de dezembro para eleger seu primeiro presidente desde a deposição e morte de Muammar Kadafi, em 2011. Stephanie Williams, conselheira especial da ONU para a Líbia, disse à <i>Associated Press</i> que ainda é "muito razoável e possível" que os 2,8 milhões de eleitores do país votem até junho, de acordo com o roteiro de 2020 mediado pela ONU.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em um relatório ao Conselho de Segurança da ONU obtido nesta segunda-feira pela <i>Associated Press</i>, disse que é fundamental que todos os partidos líbios "se concentrem na realização de eleições presidenciais e parlamentares livres, justas, inclusivas e credíveis o mais rápido possível".
A Líbia não conseguiu realizar suas primeiras eleições presidenciais em 24 de dezembro conforme programado, um grande golpe para os esforços internacionais para acabar com um caos de uma década na nação mediterrânea rica em petróleo. Williams, que liderou os esforços da ONU para acabar com a mais recente onda de violência na Líbia em 2020, disse que eleições são necessárias no país para dar credibilidade às suas instituições.
O prazo perdido para as eleições ocorreu após disputas acirradas sobre as leis que regem o processo eleitoral. Surtos de confrontos entre facções armadas e a presença de milhares de combatentes e tropas estrangeiras no país norte-africano também alimentaram a desconfiança entre os grupos rivais.