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Liga Francesa rebate ataques da La Liga após renovação de Mbappé: Inaceitável

As duras críticas feitas ao Paris Saint-German por Javier Tebas, presidente da La Liga, após o Real Madrid não concretizar a contratação de Mbappé, foram respondidas pela Liga Francesa de Futebol. Em carta divulgada nesta quinta-feira pela agência de notícias Associated Press, a entidade classificou como "inaceitável" a postura do dirigente espanhol, que prometeu denunciar o PSG à Uefa, à União Europeia e às autoridades fiscais da França.

Depois que o clube francês garantiu a permanência de Mbappé por mais três anos, graças a um novo contrato de valores astronômicos, Tebas apontou falta de fair-play financeiro e se aprofundou nas críticas. Um dos principais alvos foi o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, que também preside a Associação de Clubes Europeus e a beIN Sports, empresa de TV detentora de direitos para transmitir futebol.

Tais relações são vistas como "conflito de interesses" pelo dirigente espanhol, acusação que incomodou a Liga Francesa. Presidente da organização, Vincent Labrune assinou a carta de resposta a Tebas e criticou veementemente a postura adotada por seu par. "O fato de você assumir publicamente e repetidamente essa posição contra a Ligue 1 e difamar a nossa liga e os nossos clubes é inaceitável, além de manifestamente falso", escreveu

"Nós queremos expressar nos termos mais fortes possíveis nossa desaprovação, e também nossa incompreensão, sobre seu último ataque contra a Ligue 1, um de nossos clubes e um de nosso jogadores, Kylian Mbappé. Seus ataques são baseados em sua própria interpretação sobre insustentabilidade financeira e desequilíbrio competitivo, práticas que você atribui repetidamente à Liga Francesa e um de nossos clubes", completou.

No texto, o mandatário francês retruca Tebas lembrando que a Corte Europeia de Justiça já apontou que Real Madrid e Barcelona foram beneficiados por apoio estatal ilegal durante a década de 1990. Além disso, afirmou que clubes espanhóis gastaram três vezes mais comprando jogadores do que times franceses nos últimos dez anos.

O incômodo com atuação financeira do PSG vem sendo grande na Espanha. Até Joan Laporta presidente do Barcelona, atacou o clube de Paris após o anúncio da permanência de Mbappé. Em entrevista ao jornal catalão L Esportiu, Laporta afirmou que o PSG faz movimentações "que distorcem o mercado".

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