O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), classificou nesta quarta-feira, 18, como "produtiva" a reunião que manteve com o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e disse esperar uma resposta "em um prazo bastante curto" sobre os aumentos nas tarifas de energia elétrica no País, que viraram alvo do Congresso.
"Nós tivemos uma reunião bastante produtiva. O ministro Sachsida saiu daqui com a incumbência de se reunir com as distribuidoras, com a Aneel, com os parlamentares para que discutam uma saída equilibrada que possa, a partir deste momento, ter um encaminhamento de solução para a diminuição desse repasse que, apesar de ser contratual, pode ser minimizado". afirmou Lira, após o encontro, que reuniu, além de Sachsida, representantes da Aneel e parlamentares.
Participaram da reunião, por exemplo, o presidente da Frente Parlamentar da Energia Renovável, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), e o deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), que também trata de temas relacionados a energia. O presidente da Câmara disse esperar uma solução que venha da "sensibilidade" da Aneel e das distribuidoras.
De acordo com Lira, haverá novas reuniões ao longo do dia. O objetivo é definir como se dará o andamento do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para sustar os aumentos nas tarifas de energia elétrica autorizados pela Aneel. A proposta tramita na Câmara e já foi defendida por Lira. Ele chegou a dizer que a suspensão dos aumentos, inicialmente focada no Ceará, pode valer para o País inteiro.
"Nós esperamos uma resposta num prazo bastante curto para que a Câmara possa discutir, dentro do Congresso Nacional, na pauta do plenário ou não, a solução para este problema, que eu espero que venha da sensibilidade da Aneel e das distribuidoras, que fazem das concessões, neste momento no Brasil, um tema de grande discussão", declarou Lira.
Em ano de eleição, parlamentares pressionam Lira para colocar em votação o decreto. Os parlamentares apresentaram na Comissão de Minas e Energia da Câmara uma série de requerimentos para convocar o ministro Sachsida para falar sobre a alta da energia elétrica e dos combustíveis.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a proximidade do cronograma de reajustes de energia elétrica das distribuidoras que atendem os dois maiores colégios eleitorais do País – Cemig (Minas Gerais) e Enel Distribuição (antiga Eletropaulo), de São Paulo – pressiona o novo ministro de Minas e Energia a buscar alternativas para travar a alta na conta de luz.
Bolsonaro cobra a redução de energia. Ele chegou a prometer 20% de queda na conta de luz, mas com os reajustes programados das distribuidoras a queda deve ficar em torno de 6%.