O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), manteve sua decisão de expulsar os jornalistas do Comitê de Imprensa da Casa, um espaço utilizado pelos profissionais que fazem a cobertura do Congresso desde a década de 1960, mas recuou na sua proposta de transferi-los para uma sala no subsolo do prédio.
A saída dos profissionais estava marcada, inicialmente, para ontem. Agora, o local deverá ser desocupado até o fim de semana. A partir de segunda-feira, 15, os jornalistas passarão a trabalhar em uma sala contígua ao atual comitê, que entrará em obras, um espaço inferior ao atual.
A mudança deve dificultar o trabalho da imprensa. Isso porque o espaço onde hoje ficam os jornalistas tem acesso direto ao local de votações, o que permite agilidade na hora de informar o que se passa nas sessões, onde são discutidos projetos que afetam diretamente a vida das pessoas. A sala agora abrigará o gabinete de Lira.
A transferência também evita o acesso ao presidente da Câmara. Com isso, ele poderá ingressar no plenário diretamente, evitando, assim, ser abordado por profissionais de imprensa. Em entrevista à rádio <i>BandNews FM</i>, Lira disse que ocorreu um "mal entendido" por parte de funcionários da Câmara, e que sua intenção nunca foi impedir o trabalho dos jornalistas. "Nunca tive a intenção de cercear o trabalho de imprensa."
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>