Os dissidentes do PMDB lançaram nesta terça-feira, 27, o nome do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) como candidato à presidência do Senado. Segundo o próprio senador, a “decisão é irreversível”, mesmo que para isso ele tenha que disputar contra o atual presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
“Estamos trabalhando a candidatura pelo PMDB, mas se nós não conseguirmos, nos apresentaremos como candidato da instituição. É uma decisão irreversível”, afirmou, ao lado dos correligionários Ricardo Ferraço (ES) e Waldemir Moka (MS).
Segundo Luiz Henrique, sua candidatura teria apoio de diversos partidos, como o PSDB, o DEM e o PDT. Ele admitiu que pretendia concorrer à presidência após uma reunião com a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), durante a qual pediu o apoio do PSB na disputa. O partido cogita lançar uma candidatura alternativa, mas não descarta apoiar o novo nome do PMDB.
Questionado se já havia conversado com Renan, que ainda não lançou a sua candidatura à reeleição, o senador catarinense disse que iria procurá-lo nesta quarta-feira. “Vou falar amanhã. Amanhã vou pedir o voto dele”, brincou.
Ele também disse que não espera receber represálias do partido por causa da sua atitude. “Não vou sair contra o Renan. Eu vou sair a favor do Senado e a favor das mudanças que são reclamadas nas ruas. Como dizia o doutor Ulysses: o povo quer mudanças, ou mudamos, ou seremos mudados.”
O lançamento oficial da candidatura deve acontecer na próxima sexta-feira, 30. Até lá, o grupo pretende já ter fechado uma chapa completa para a Mesa.
Desde o início do mês, o PSDB e outros partidos de oposição têm procurado os dissidentes do PMDB para fechar um acordo e lançar um candidato que tenha força para vencer e não seja só para marcar posição. O nome de Ferraço chegou a ser aventado, mas nesta terça o próprio afirmou que o grupo chegou à conclusão de que o nome de Luiz Henrique seria a melhor opção.