Dono de relação tensa com agentes do setor financeiro, o candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira que se interessa pelo mercado que as mulheres entram para comprar comida. "Só se fala em mercado, mercado, mercado. O mercado que me interessa é aquele que as mulheres entram para comprar comida e que muitas vezes não conseguem levar aquilo que têm o direito de levar", declarou, em evento com lideranças culturais em Belém.
Ainda sem apresentar qual seria a âncora fiscal em um eventual novo governo petista, Lula reforçou críticas ao teto de gastos. "Não aceito a ideia de criar teto de gastos. Teto de gastos é o compromisso moral que a gente tem com esse País. A gente não pode gastar mais do que arrecada, mas é preciso saber o que é gasto e o que é investimento para não ficar tudo é gasto ", seguiu o candidato.
No discurso, Lula chamou o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) de "genocida" e criticou os ataques do chefe do Executivo a Cuba, Paraguai, Venezuela e Nicarágua.
"Os americanos vão nos respeitar porque no nosso governo vai ser abolido o complexo de vira-latas", afirmou o ex-presidente, em novo sinal de como seria a política externa de seu governo caso seja eleito novamente ao Palácio do Planalto.